A Câmara dos Deputados pode aprovar ainda nesta semana a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), conhecida como ?nova CPMF?, em referência ao popular imposto cobrado sobre cheques emitidos, extinto em 2007, que, inicialmente, foi criado pelo governo para direcionar recursos para a saúde e acabou sendo direcionado para outras áreas.
Líderes de partidos da oposição afirmaram, no último dia 20, que são contrários à criação da CSS e que farão de tudo para barrá-la no Congresso. A proposta começa a ser rediscutida na Câmara, mas, para o DEM e o PSDB, ela é apenas uma forma de o governo colocar dinheiro em caixa em um momento de queda da arrecadação de tributos. Apesar disso, a contribuição é defendida pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, com o apoio do PMDB e do PT. Se for aprovada, a proposta terá de passar por votação no Senado, onde poderá encontrar mais dificuldades. Desde junho do ano passado, o projeto estava parado por falta de finalização na votação dos destaques.
A principal diferença entre a CSS e a CPMF é a alíquota cobrada – quando a CPMF foi extinta era cobrado 0,38%. No caso da CSS, a alíquota deve ser de 0,1% sobre movimentações financeiras. Estariam isentos do pagamento da CSS os aposentados e pensionistas, além dos trabalhadores formais que recebam até R$ 3.038,99. Quem ganha acima deste valor e tem carteira assinada também será isento até este limite, pagando apenas sobre o restante.

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