Por volta das 20h de segunda-feira (9), os internos e monitores do Projeto de Recuperação Força Para Viver, a fazendinha de recuperação, localizada na comunidade rural de Cerrado, participavam de um culto, no templo do local, quando ouviram um barulho de estouro de foguetes.
Nessa hora, os dois cães pastores alemães que moravam na fazendinha saíram em direção à entrada do lugar, latindo e uivando fortemente. Minutos depois, não se viu e nem ouviu mais nenhum barulho dos cães, que tinham o costume de ficar soltos durante a noite para vigiar o local.
Já por volta das 6h de terça-feira (10), quando os frequentadores do projeto acordaram, os cães não estavam no local como de costume. Então, começaram a procurá-los, quando se depararam com a cadela Dara morta no horto florestal do projeto, ao lado da estrada paralela e o cachorro Thor estava morto dentro de uma vala feita no interior da entrada da fazendinha, onde escoa a água da chuva.
Os dois cães teriam sido envenenados. De acordo com os monitores, próximo à vala, o mato estava amassado, como se alguém tivesse pisado no lugar. Segundo eles, há algum tempo, vinham recebendo reclamações de vizinhos da fazendinha, que diziam não suportar os latidos e também do som dos louvores, orações e cultos realizados no projeto, além de algumas ameaças, como, por exemplo, a de fechar o Projeto de Recuperação, que há 2 anos vem resgatando vidas, o que também é um benefício para a sociedade, pois, no estado de dependência do álcool ou da droga, a pessoa, para saciar o vício, chega até a cometer crimes.
Segundo a assessoria de comunicação da Igreja Batista, as polícias militar e do meio ambiente foram chamadas ao local para lavrar o boletim de ocorrência. Os animais foram encaminhados à Clínica de Medicina Veterinária (Climvet), do Unifor-MG para fazer o exame de necropsia. O resultado deve sair na tarde desta quarta-feira (11).

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