Tem muito comerciante feliz da vida com as altas temperaturas. Dá para imaginar o sorriso de quem vende sorvete e de quem comercializa água.
As vendas sobem tanto quanto as temperaturas. No interior de São Paulo, uma cidade inteira quer mais que o calor se prolongue por um bom tempo.

No bebedouro, no copinho ou na garrafa, a água não pode faltar. Com a temperatura em alta, as indústrias de água mineral trabalham dobrado pra matar a sede dos brasileiros. Nos últimos dois meses, a produção aumentou 45% em relação ao mesmo período do ano passado. O forte calor é muito bem vindo também em outros setores, em especial em uma cidade do interior de São Paulo.

O calor aquece a economia de Catanduva que gira em torno dos ventiladores, 60% dos aparelhos vendidos no país são fabricados na cidade. A produção por lá nas últimas semanas está como o calor, batendo recordes. Na maior indústria de ventiladores da América Latina, as encomendas são tantas que a produção esse ano será a maior já registrada na empresa: 2,6 milhões de unidades. É a primeira vez que no mês de fevereiro, a indústria ainda trabalha com capacidade máxima.

?Nessa época do ano, em que nós esperávamos frear a produção, ela promete se estender bastante, pelo menos até o final de abril em ritmo acelerado?, conta o gerente de vendas Eliezer Moraes.

A cada 15 segundos, um ventilador é produzido na cidade. E para quem mora em Catanduva, quanto mais quente melhor. As 15 indústrias e empresas fornecedoras empregam cinco mil trabalhadores. Só em uma fábrica, metade dos 250 funcionários temporários será contratada.

Na linha de produção, a oportunidade é grande para as mulheres que fazem serviços delicados na montagem do motor. ?A gente tem mais atenção e cuidado para fazer esse serviço?, disse uma trabalhadora.

Um ventilador ligado dez horas por dia significa um acréscimo de R$ 17 na conta de luz no final do mês. Já um aparelho de ar condicionado, ligado pelo mesmo período, custa quase R$ 80.

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