O período do Carnaval é um momento de alegria, de se divertir e de paquerar. Porém, infelizmente, as estatísticas mostram que também é o período no qual o assédio sexual e a violência contra as mulheres mais aumenta. Por isso, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) faz uma campanha contra o assédio sexual.

A coordenadora do órgão, Jaqueline Aguirre, explica que a maioria dos casos é provocada pelo machismo, pelo uso abusivo de álcool e outras drogas, e que acontece de diversas formas durante a folia, especialmente nas ruas.

De acordo com dados da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, em 2016, as denúncias de violência contra as mulheres nessa época do ano cresceram 174% em relação ao mesmo período de 2015.

O assédio sexual é crime, que constitui em manifestação sensual ou sexual, alheia à vontade da pessoa a quem se dirige. Ou seja, abordagens grosseiras, ofensas e propostas inadequadas que constrangem, humilham e amedrontam. É essencial que qualquer investida sexual tenha o consentimento da outra parte.

“Dizer não ao assédio é não aceitar mais que mulheres sejam vistas como objetos sexuais passivos ou como vítimas frágeis do poder dos homens. Dizer não ao assédio é afirmar que as mulheres podem e devem ter controle sobre a própria sexualidade, é mostrar que podemos igualar a voz e o poder da mulher na sociedade, é não submeter as mulheres aos papéis sociais tradicionais”, explicou Jaqueline.

As consequências do assédio sexual têm causado impactos sérios e negativos na saúde física e emocional das mulheres. Entre os efeitos negativos relatados pelas vítimas, os mais citados são: ansiedade, depressão, perda ou ganho de peso, dores de cabeça, estresse e distúrbios do sono.

Denúncias contra assédio sexual podem ser feitas pelo telefone 180 e na Central de Atendimento à Mulher, na Delegacia de Defesa da Mulher. O Creas também recebe denúncias e as encaminha para a polícia. O órgão fica à rua Silviano Brandão 142, Centro. O horário de atendimento é das 8h às 17h e o telefone para contato é 3329-1806.

 

Fonte: Secom/Formiga||

COMPATILHAR: