A constatação é de um levantamento realizado pelo siteMercado Mineiro em parceria com o aplicativo Com Oferta. 

Divulgada nesta segunda-feira (3), a pesquisa tomou preços de 38 estabelecimentos de 28 a 30 de abril. Nos últimos quatro meses, o preço médio do quilo da costelinha subiu de R$ 21,16 para R$ 24,24. 

Má notícia também para os amantes da feijoada: os pertences do feijão preto também aumentaram. É o caso do pezinho suíno, que foi de R$ 10,81 para R$ 12,29 o quilo (alta de 13,68%); do toucinho, que variou R$ 10,60 para R$ 11,58 (diferença de 9,20%); e do pernil com osso, que custava R$ 17,18 e agora é vendido a R$ 18,09 (escalada de 5,29%). 

O churrasco está longe de ser a opção mais viável, já que a carne bovina, além de mais cara, não escapou dos aumentos neste primeiro quadrimestre. O valor médio da maminha aumentou de R$ 38,73 para R$ 41,37, isto é, 6.82%.

O patinho passou de R$ 35,97 para R$ 37,80, elevação de 5,08%. O lagarto é encontrado a R$ 37,87, encarecimento de 5%. Quem opta pelas peças para cozinhar vai se assustar com o custo do quilo do acém: R$ 31,24, contra R$ 29,60 em janeiro, alta de 5,53%.

O frango, como de costume, é a alternativa mais em conta, embora tenha sofrido reajustes. O peito resfriado custa, em média, R$ 10,56, variação de 5,72%. Já o quilo da coxa e sobrecoxa foi de R$ 10,25 para R$ 10,74, alta de 4.76%.

“Vai piorar”, diz economista sobre o preço da carne

Segundo o diretor do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, não há perspectiva de alívio para o bolso do consumidor no mercado de proteína animal, que acumula altas desde março de 2020.

O economista explica que as carnes – sobretudo a suína – são fortemente pressionadas pela valorização do dólar, vendido a R$ 5,41 nesta segunda-feira (3/5), e pelo aumento das exportações para a China. 

Dados da Comex Stat, sistema de monitoramento do Ministério da Economia, mostram que o país asiático foi o principal comprador de proteínas brasileiras em 2020.

Os chineses adquiriram 55% da produção brasileira de porco, 50% das peças de boi, além de 17% das aves. 

“Infelizmente, no inverno, o cenário para o consumidor deve piorar, pois entraremos em época de seca. Isso faz com que o preço dos insumos da produção de carne – como a soja e o milho, base da ração animal – diminua.

Com isso, a carne aumenta ainda mais. A situação, portanto, vai piorar e não tem perspectiva de melhora. As pessoas podem se preparar ”, ressalta Feliciano Abreu. 

O especialista chama a atenção para o fato de que manter a carne no prato tem exigido malabarismos cada vez maiores do consumidor.

“Cortes que, há um ano, nem eram anunciados, pois a procura era muito baixa, agora constam nos folhetos como promoções. Por exemplo, carcaça de frango e recortes de costela suína. Eram produtos até então vendidos a custo baixíssimo, para públicos específicos ou de muito baixa renda. Ocorre que até o frango, a alternativa mais barata, ficou proibitivo para muitos bolsos. A solução encontrada por essas famílias foi recorrer a esses produtos”. 

Fonte: Estado de Minas

 

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