A indústria de cartões deve encerrar 2011 com faturamento de R$ 667 bilhões, de acordo com projeção da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviço (Abecs). O desempenho corresponderia a um crescimento de 23% em relação ao registrado em 2010. Neste fim de ano, porém, o ritmo tende a arrefecer na comparação com o ano passado.
Em dezembro de 2010, o volume de transações aumentou 40% na comparação com a média dos demais meses do ano. A perspectiva para dezembro de 2011 é que a ampliação do volume de transações ante os meses anteriores seja de 30%. Para 2012, a estimativa da Abecs é de uma expansão no faturamento de cerca de 20%, entre R$ 800 bilhões de reais e R$ 810 bilhões.
Juros
Após três reduções consecutivas as taxas de juros das operações de crédito para pessoa física e jurídica voltaram a subir em novembro, mostra pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. O cheque especial, por exemplo, tem a maior taxa desde 2005. Por mês, os juros são 8,41%, o que representa taxa anual de 163,53%. Em outubro, a taxa mensal era de 8,21%. Das seis linhas de crédito pesquisadas, a taxa cartões é a maior (10,9% ao mês) e a única que não mudou.
Em média, a taxa para pessoa física subiu de 6,6% ao mês para 6,67%. Para pessoa jurídica, o juro subiu de 3,89% em outubro para 3,98% em novembro. De acordo com o coordenador da pesquisa e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a elevação do juro pode ser atribuída ao cenário econômico internacional, especialmente à crise na zona do euro.
Ele lembra que na pesquisa ainda não está computada a última queda da taxa básica de juros, a Selic, promovida pelo Banco Central, de 11,5% para 11%. Só deverá aparecer na pesquisa referente ao mês de dezembro, diz Oliveira.

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