Casos de candidíase aumentam muito com efeitos de calor e suor

De 75% a 90% das mulheres terão pelo menos um episódio na vida

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De 75% a 90% das mulheres terão pelo menos um episódio na vida

Se coceira intensa, ardência e vermelhidão já são ruins em qualquer parte do corpo, imagine quando são sentidos nos órgãos genitais. Esses, junto com corrimento, são os sintomas clássicos da candidíase, infecção por fungos que acomete a mucosa vaginal e atinge de 75% a 90% das mulheres do Brasil. No verão, essa incidência costuma aumentar, já que o calor é um dos fatores que favorecem a proliferação desse fungo.

A ginecologista Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo, explica que a candidíase ? cujo nome científico é Candida albicans ? é um fungo já presente na nossa pele. Normalmente, ele fica equilibrado, e não causa nenhum tipo de problema.

?Só passa a ser uma doença quando há um desequilíbrio em nosso organismo que favoreça a proliferação desse fungo?, diz a médica. Alguns exemplos de situações que causam o desequilíbrio são: infecções virais ou bacterianas, uso de antibióticos, doenças autoimunes e até fatos mais corriqueiros, como noites mal dormidas, estresse, má alimentação por tempo prolongado, uso de calças muito apertadas e calcinhas de tecidos sintéticos, entre outros.

Crônico. No caso da estudante Júlia*, 20, foi o uso de remédios que desencadeou um longo tempo de sofrimento com os sintomas da candidíase. ?Tive dez dias de sinusite e tomei antibióticos. Acho que (a partir daí) fiquei uns quatro meses direto (com a doença), ela nem chegava a passar. A pele ao redor da vagina chegou a descamar?, lembra.

Os sintomas eram tão graves que Júlia se privou de uma série de coisas por conta dos incômodos. ?Já deixei de fazer sexo e já fui embora de vários lugares porque não estava aguentando?, lembra.

Solução. O tratamento da cândida deve ser feito com medicamentos, e somente um ginecologista é capaz de definir como ele será feito. Mas é possível tomar algumas medidas para contornar a situação e também para evitar a proliferação dos fungos.

?Recomendamos o uso de calcinhas de algodão, evitar roupas justas, preferir as saias no verão, tentar ter uma alimentação mais pobre em açúcares e carboidratos, pois é disso que o fungo se alimenta. A mulher também deve evitar ficar o dia inteiro com biquíni úmido e com roupas de ginástica suadas?, recomenda a médica Karine.

O excesso de duchas higiênicas na região íntima deve ser evitado, pois retira as defesas do organismo naquela região.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Casos de candidíase aumentam muito com efeitos de calor e suor

De 75% a 90% das mulheres terão pelo menos um episódio na vida.

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De 75% a 90% das mulheres terão pelo menos um episódio na vida.

 

Se coceira intensa, ardência e vermelhidão já são ruins em qualquer parte do corpo, imagine quando são sentidos nos órgãos genitais. Esses, junto com corrimento, são os sintomas clássicos da candidíase, infecção por fungos que acomete a mucosa vaginal e atinge de 75% a 90% das mulheres do Brasil. No verão, essa incidência costuma aumentar, já que o calor é um dos fatores que favorecem a proliferação desse fungo.

A ginecologista Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo, explica que a candidíase – cujo nome científico é Candida albicans – é um fungo já presente na nossa pele. Normalmente, ele fica equilibrado, e não causa nenhum tipo de problema.

“Só passa a ser uma doença quando há um desequilíbrio em nosso organismo que favoreça a proliferação desse fungo”, diz a médica. Alguns exemplos de situações que causam o desequilíbrio são: infecções virais ou bacterianas, uso de antibióticos, doenças autoimunes e até fatos mais corriqueiros, como noites mal dormidas, estresse, má alimentação por tempo prolongado, uso de calças muito apertadas e calcinhas de tecidos sintéticos, entre outros.

Crônico. No caso da estudante Júlia*, 20, foi o uso de remédios que desencadeou um longo tempo de sofrimento com os sintomas da candidíase. “Tive dez dias de sinusite e tomei antibióticos. Acho que (a partir daí) fiquei uns quatro meses direto (com a doença), ela nem chegava a passar. A pele ao redor da vagina chegou a descamar”, lembra.

Os sintomas eram tão graves que Júlia se privou de uma série de coisas por conta dos incômodos. “Já deixei de fazer sexo e já fui embora de vários lugares porque não estava aguentando”, lembra.

Solução. O tratamento da cândida deve ser feito com medicamentos, e somente um ginecologista é capaz de definir como ele será feito. Mas é possível tomar algumas medidas para contornar a situação e também para evitar a proliferação dos fungos.

“Recomendamos o uso de calcinhas de algodão, evitar roupas justas, preferir as saias no verão, tentar ter uma alimentação mais pobre em açúcares e carboidratos, pois é disso que o fungo se alimenta. A mulher também deve evitar ficar o dia inteiro com biquíni úmido e com roupas de ginástica suadas”, recomenda a médica Karine.

O excesso de duchas higiênicas na região íntima deve ser evitado, pois retira as defesas do organismo naquela região.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.