G1 São Paulo

Promotores do Ministério Público Estadual apresentaram nesta terça-feira (22) uma representação sobre os supersalários da Câmara Municipal de São Paulo. É o primeiro passo para o início de uma investigação. As informações são do SPTV.

Na lista dos super salários da Câmara são muitas as funções bem remuneradas: um operador de máquina copiadora recebeu R$ 13 mil. Um dos 12 garçons ganhou quase R$ 14 mil. Uma das nove telefonistas ganhou R$ 11,3 mil. O salário do barbeiro é de R$ 10,7 mil. Uma taquígrafa recebeu em outubro R$ 24 mil de salário bruto.

O secretário-geral da Câmara, Paulo Baccarin, reconhece as distorções e diz que esses funcionários têm estabilidade garantida pela Constituição. E que só seria possível fazer cortes se a câmara descumprisse a lei de responsabilidade fiscal.

“Eu só posso começar a cortar cargos comissionados e depois cargos de gente estável a partir do momento que há um gasto excessivo que extrapole os limites determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que na câmara por exemplo não acontece e pelo que saiba nem no Executivo municipal acontece”, afirmou.

Para o professor e cientista político da Fundação Getúlio Vargas falta vontade política para resolver essas distorções.

“Uma boa medida inicial que se de certa forma não penalizaria o trabalhador seria um programa de demissão voluntária que é uma estratégia que qualquer organização pública inclusive a Petrobras fez isso recentemente e outras estatais também fazem usam pra tentar ajustar o seu orçamento ou até pra equilibrar a força de trabalho as suas necessidades.”

A Câmara Municipal de São Paulo informou que os salários citados na reportagem são de funcionários que tem cerca de 30 anos de casa.

E que a maioria ainda exerce a função para a qual foi contratada. Com relação aos salários que ultrapassam o teto, a casa explicou que, em março deste ano, a Mesa Diretora determinou o corte dos vencimentos acima do limite. Mas que a justiça manteve os salários acima do teto.

 

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