A água das chuvas que caem em outubro tem ajudado no nível do Lago de Furnas. Entre o dia 1º deste mês e terça-feira (26), o nível da represa subiu 83 centímetros.

De acordo com o portal G1, neste período, o nível do lago saiu de 753,8 metros acima do nível do mar para 754,3 metros, o que representa cerca de 17% do volume útil.

Na comparação do nível de chuva nas nascentes dos principais rios que forma o lago, os números são mais animadores.

Na nascente do rio Grande a medição em Bocaina de Minas mostra que outubro de 2020 choveu perto dos 90 milímetros. Já no mesmo mês deste ano, até aqui, foram mais de 205 milímetros.

Na nascente do rio Sapucaí, que fica em Campos do Jordão (SP), em outubro do ano passado choveu 13,5 milímetros. Neste mês de outubro, já foram 230 milímetros.

O secretário executivo da Alago, associação dos municípios banhados pelo Lago de Furnas, Fausto Costa, destaca que é preciso mais chuva nos próximos meses para que o lago possa atender de maneira múltipla.

Costa salienta, ainda, que isso será possível alinhando a água das chuvas com uma política de geração de energia que seja rentável.

“Nós precisamos que os próximos meses continuem chovendo bastante, nesta mesma intensidade de outubro para assim termos condições, unindo chuva com uma política de geração de energia rentável, tendo água, nós tenhamos um lago em melhores condições para atender o uso múltiplo”, disse.

Plano de contingência

A Agência Nacional de Águas aprovou este mês um Plano de Contingência para recuperação de reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os nove principais reservatórios de água no país foram elencados, entre eles Furnas e Mascarenhas de Moraes.

Conforme o plano, a previsão do operador nacional de sistema é que Furnas atinja no final de novembro 3% do seu volume. Em Mascarenhas, a previsão é de chegar a 11%. Com isso, a ANA propõe medidas especiais em conjunto para as duas represas até abril de 2022. Nas duas, a vazão média deve ficar em 300 metros por segundo.

O Plano de Contingência, segundo a ANA, indica medidas adicionais de operação a serem adotadas no período úmido 2021-2022, de dezembro de 2021 a abril de 2022, para promover o reenchimento.

Fonte: G1

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