O médico urologista Andrei Salvioni realizou, recentemente, na Santa Casa de Formiga, uma cirurgia pouco comum em pacientes com tumor invasivo de bexiga, ou seja, câncer na bexiga.
A cirurgia consistiu na retirada da bexiga, próstata, vesículas seminais e confecção de reservatório para armazenamento e drenagem da urina. O novo procedimento só foi possível de ser realizado no Hospital devido à existência da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com o especialista, o paciente passa bem e permanecerá de oito a dez dias internado no hospital.
Em janeiro de 2013, a Santa Casa inaugurará a UTI com dez leitos. Atualmente, cinco leitos já estão em funcionamento. Após a inauguração, a instituição, além dos leitos da UTI, também terá mais cinco leitos de Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), totalizando 15 leitos para pacientes que necessitam de cuidados especiais.
Entenda
O câncer de bexiga é o segundo tumor mais comum do aparelho urinário. É uma doença em que células anormais se multiplicam, sem controle, na bexiga urinária. A bexiga é um órgão muscular oco que armazena urina, estando localizada na pelve.
O tipo mais comum de câncer de bexiga inicia nas células que recobrem o interior da bexiga e é chamado de carcinoma de células uroteliaisou carcinoma de células transicionais (CCT). O principal fator causador deste tumor é o tabagismo.
Mais cirurgias
Outro procedimento também realizado pelo médico e especialista Andrei Salvioni, na Santa Casa, tem sido a cirurgia endoscópica para cálculo renal.
Os cálculos renais, popularmente chamados de ?pedra no rim?, são formações sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido úrico, que se cristalizam. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias, causando muita dor e complicações. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão de pequeninos grãos até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga. O cálculo renal é também chamado de litíase urinária ou urolitíase.
Os procedimentos cirúrgicos são realizados por via endoscópica, sem a necessidade de incisões cirúrgicas, onde os aparelhos são introduzidos através de orifícios naturais do corpo.
Para os cálculos renais, são realizadas cirurgias, por meio da introdução de um endoscópio fino flexível, chamado ureteroscópio, introduzido através do ureter, onde os cálculos podem ser fragmentados e/ou removidos com pinças especiais.
Outro procedimento cirúrgico é a cirurgia percutânea, na qual se realiza um punção com agulha fina sobre o rim, visualizando o cálculo, que pode ser removido inteiro ou fragmentado. Através desses procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, é possível tratar a maioria dos cálculos renais e ureterais, sem a necessidade de cirurgia aberta

COMPATILHAR: