Cerca de 40 pessoas precisaram aguardar mais de quatro horas na manhã desta quinta-feira (7), para realizar o exame de vista para renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou o psicotécnico em uma clínica credenciada pelo Detran-MG, localizada na rua José Francisco de Paula no Centro de Formiga.
Insatisfeitos com a demora, clientes entraram em contato com a redação do Jornal Nova Imprensa/ Portal Últimas Notícias, que lá esteve por volta de 12h, quando alguns dos reclamantes, impacientes, já haviam deixado o local. De acordo com Joaquim Carlos de Oliveira, que havia chegado à clínica às 7h50, até aquele momento ninguém havia sido atendido. ?Emiti a guia para a renovação da carteira pela internet com data e horário do exame, o que eles não respeitam aqui. Remarcaram para essa quinta, às 8h e estão pegando nome de quem chega e nunca chamam ninguém. O médico que fará o exame sequer está aqui?, explicou indignado o gerente de tráfego e manutenção.
Em conversa com outras pessoas que aguardavam no local, a informação se repetia: Todos os exames estavam marcados para às 8h. O funcionário público Rafael Bernardino Cardoso que acompanhava a mãe dele, que veio da cidade de Camacho para renovar a CNH e que também entrou em contato com o jornal, nos disse. ?É sempre assim. Ano passado chegamos aqui às 8h e fomos embora às 17h. Minha mãe já está idosa e fica exausta diante de tanta demora?.
Diante da confirmação dos fatos por parte de outros ?clientes? que ali se encontravam, buscamos contato com funcionários da clínica para entendermos o problema. Nossa equipe foi atendida por Marlene Mendonça Rodrigues, mãe da médica e proprietária do local. Ela explicou que todo o atraso era devido a problemas com a secretária da empresa que estava doente e precisou ser substituída por uma funcionária do consultório da médica, a qual ainda não compreende o sistema. ?Assim que todas as fichas estiverem prontas, o médico escalado para hoje (Dr. Eugênio), virá atender todo mundo. Realmente está ocorrendo o atraso, mas não é comum?, explicou Marlene que garantiu que o profissional chegaria em poucos minutos e que iniciaria os exames às 12h30.
Por volta das 13h45, Joaquim Carlos de Oliveira, voltou a entrar em contato com o jornal informando que seria atendido naquele momento e que apenas a mãe de Rafael havia feito o exame até aquele horário, sendo que muitos lá estavam sem alimentação e sem local adequado para acomodação, já que o número de cadeiras não é suficiente.
A redação apurou que o serviço é terceirizado pelo Estado à clínicas como aquela, portanto, cabe a elas, o agendamento das consultas assim como todo o processo de atendimento. À Polícia Civil, segundo informação obtida, cabe apenas cobrar o atendimento dentro das normas estabelecidas pelo Estado.
Ouvido, o Superintendente Regional de Polícia Civil, Dr. Ricardo Augusto de Bessas, a respeito, este informou que tomará as providências cabíveis e inclusive revelou que por motivo idêntico, já instaurou procedimento contra a mesma clínica para apurar denúncias, como disse, correlatas.

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