A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (8) nova fórmula de cálculo para a revisão tarifária de 61 concessionárias de energia elétrica do país, reduzindo a taxa de remuneração do capital de 9,95% para 7,5%. Com isso, haverá aumentos menores ou até mesmo redução das contas de luz, ao menos no primeiro ano de vigência do cálculo, em 2012.
A previsão da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) é de que o corte médio nas tarifas no Brasil fique em apenas 2%.
A agência também mudou a forma de cálculo dos custos operacionais das empresas e a implantação de metas de qualidade. Outros critérios também devem diminuir os reajustes na conta de luz. Por exemplo, quanto mais frequentes falhas como blecautes, menor a fatura a ser paga pelo cliente. A ideia é que, nos próximos anos, a qualidade do atendimento seja incorporada em benefício do usuário.
A revisão tarifária da Cemig deve ser feita em abril do ano que vem. Este terceiro ciclo de revisão tarifária deve contribuir para a redução do custo de energia para os consumidores residenciais e e empresas, sem criar desequilíbrio econômico para as distribuidoras, explicou Nivalde Castro, professor da UFRJ.
As discussões sobre a nova metodologia já duravam 14 meses porque enfrentavam forte resistência das distribuidoras. Elas reclamam prejuízo econômico-financeiro, diante da necessidade de investimentos no setor e de perdas com ocorrências como gatos. Questionam ainda que a metodologia ignora a existência de vários brasis e padroniza o perfil das distribuidoras.
Durante a votação do novo modelo de custos para as distribuidoras de energia elétrica, algumas empresas manifestaram-se contra o novo método. Luiz Fernando Rolla, diretor-executivo da Cemig, argumenta que há uma discrepância entre os valores usados pela Aneel e a realidade da companhia.
Há uma preocupação da Cemig em relação ao relatório que está sendo aprovado hoje (ontem). A grande preocupação é a discrepância dos cálculos realizados e a nossa realidade. Não condiz com o histórico da Cemig, hoje responsável por 11% do mercado de energia elétrica (do país), criticou o executivo. Rolla argumenta que, pelo novo modelo, a Aneel fixaria para a Cemig custos 18% abaixo de outras empresas. A Cemig vai ter o seu equilíbrio econômico-financeiro rompido, alertou.
O diretor-executivo da Cemig ainda disse: Pelo novo modelo, a Aneel fixaria para a Cemig custos 18% abaixo de outras empresas. A Cemig vai ter o seu equilíbrio econômico financeiro rompido. Os cutos operacionais da Cemig serão drasticamente reduzidos, o que geraria impacto na qualidade do fornecimento e capacidade de atendimento de novas demandas.
Com a redução tarifária da energia elétrica, Cemig diz que serviço poderá ser comprometido
Outros critérios também devem diminuir os reajustes na conta de luz.Por exemplo, quanto mais frequentes falhas como blecautes, menor a fatura a ser paga pelo cliente.