O governo central registrou um déficit primário de R$20,152 bilhões em julho, o pior desempenho para o mês da série histórica, que tem início em 1997. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o déficit de R$19,227 bilhões de junho.

O resultado de julho ficou acima das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$18,2 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 24 instituições financeiras. O dado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas, que foram de déficit de R$25 bilhões a R$11,15 bilhões.

Entre janeiro e julho deste ano, o resultado primário foi de déficit de R$76,277 bilhões, também o pior resultado para o período da série histórica. Nos primeiros sete meses do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$55,693 bilhões.
Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 183,7 bilhões – equivalente a 2,84% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de R$ 139 bilhões nas contas do governo central, mas o governo já enviou um pedido ao Congresso Nacional para estender o rombo de 2017 para até R$ 159 bilhões.
O resultado de julho representa queda real de 2% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram queda real de 1,3%. No ano até julho, as receitas do governo central recuaram 1,3% ante igual período de 2016, enquanto as despesas caíram 0,2% na mesma base de comparação.

Investimentos
Os investimentos do governo federal caíram a R$ 19,953 bilhões nos primeiros sete meses de 2017, informou há pouco o Tesouro Nacional. Desse total, R$ 11,927 bilhões são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2017. De janeiro a julho do ano passado, os investimentos totais haviam somado R$ 31,061 bilhões.
Os investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 1,728 bilhão em julho, queda real de 46,4% ante igual mês do ano passado. Já no acumulado do ano, as despesas com o PAC somaram R$ 12,066 bilhões, recuo de 48,0% ante igual período de 2016, já descontada a inflação.

 

Fonte: O Tempo ||

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