Com volta do IPI, valor de carros pode subir 4,5% e afastar consumidor

Governo e Anfavea acreditam que preços baixos continuam em janeiro por causa dos estoques

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Governo e Anfavea acreditam que preços baixos continuam em janeiro por causa dos estoques

Desde nesta quinta, as montadoras vão voltar a pagar a alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que ficou reduzida de maio de 2012 até o último dia de 2014. Com isso, o governo espera arrecadar até R$ 5 bilhões a mais com o imposto em 2015 na comparação com o ano passado.
A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas oficialmente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que a decisão é individual ? cada empresa vai definir quando e quanto do aumento do IPI repassará aos preços finais dos veículos. O temor da entidade é que o preço maior afaste o consumidor.

A alíquota dos modelos 1.0, atualmente em 3%, sobe a partir desta sexta para 7%. Para aqueles com motor entre 1.0 e 2.0, passa de 9% para 11% nos automóveis flex. Nessa faixa de maior potência, o imposto subirá de 10% para 13% para veículos movidos somente a gasolina.

Essa foi uma das últimas decisões tomadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se despede do cargo após oito anos e nove meses no comando da economia. Mantega manteve reuniões com a Anfavea entre outubro e novembro para negociar a recomposição do IPI a partir de janeiro. O ministro afirmou nos encontros, segundo relatos de empresários, que ?um aumento do imposto era inexorável, viria com ou sem ele?.

O objetivo de Mantega era preparar o setor para a elevação, de forma a estimular as montadoras a realizarem promoções no mês de dezembro. Apesar disso, ainda existia certa esperança entre as montadoras de que o aumento pudesse ser escalonado, como ocorreu em outras ocasiões. Mas nessa quarta-feira, 31, contudo, em conversas por telefone com membros da equipe econômica, foi confirmada a volta integral do imposto.

Segundo a Anfavea, o repasse integral do imposto resultaria em aumento de 4,5% nos automóveis 1.0. De acordo com fontes do governo, os empresários afirmaram em reuniões técnicas que os preços baixos podem ser sustentados ainda ao longo de janeiro, de forma a desovar estoques acumulados. Os aumentos de preços devem começar somente entre o fim do mês e início de fevereiro.

A nova equipe econômica, encabeçada por Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento, é totalmente favorável à elevação do IPI para a indústria automobilística. O imposto continuará baixo, no entanto, para os fabricantes de eletrodomésticos da linha branca e para os materiais de construção.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Com volta do IPI, valor de carros pode subir 4,5% e afastar consumidor

Governo e Anfavea acreditam que preços baixos continuam em janeiro por causa dos estoques.

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Governo e Anfavea acreditam que preços baixos continuam em janeiro por causa dos estoques.

 

Desde nesta quinta, as montadoras vão voltar a pagar a alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que ficou reduzida de maio de 2012 até o último dia de 2014. Com isso, o governo espera arrecadar até R$ 5 bilhões a mais com o imposto em 2015 na comparação com o ano passado.

A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas oficialmente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que a decisão é individual – cada empresa vai definir quando e quanto do aumento do IPI repassará aos preços finais dos veículos. O temor da entidade é que o preço maior afaste o consumidor.

A alíquota dos modelos 1.0, atualmente em 3%, sobe a partir desta sexta para 7%. Para aqueles com motor entre 1.0 e 2.0, passa de 9% para 11% nos automóveis flex. Nessa faixa de maior potência, o imposto subirá de 10% para 13% para veículos movidos somente a gasolina.

Essa foi uma das últimas decisões tomadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se despede do cargo após oito anos e nove meses no comando da economia. Mantega manteve reuniões com a Anfavea entre outubro e novembro para negociar a recomposição do IPI a partir de janeiro. O ministro afirmou nos encontros, segundo relatos de empresários, que “um aumento do imposto era inexorável, viria com ou sem ele”.

O objetivo de Mantega era preparar o setor para a elevação, de forma a estimular as montadoras a realizarem promoções no mês de dezembro. Apesar disso, ainda existia certa esperança entre as montadoras de que o aumento pudesse ser escalonado, como ocorreu em outras ocasiões. Mas nessa quarta-feira, 31, contudo, em conversas por telefone com membros da equipe econômica, foi confirmada a volta integral do imposto.

Segundo a Anfavea, o repasse integral do imposto resultaria em aumento de 4,5% nos automóveis 1.0. De acordo com fontes do governo, os empresários afirmaram em reuniões técnicas que os preços baixos podem ser sustentados ainda ao longo de janeiro, de forma a desovar estoques acumulados. Os aumentos de preços devem começar somente entre o fim do mês e início de fevereiro.

A nova equipe econômica, encabeçada por Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento, é totalmente favorável à elevação do IPI para a indústria automobilística. O imposto continuará baixo, no entanto, para os fabricantes de eletrodomésticos da linha branca e para os materiais de construção.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.