O combate ao analfabetismo entre adultos continua a ser uma das grandes metas para a educação no Brasil. Com 12,6 milhões de analfabetos, o país está entre as 144 nações signatárias do Marco de Ação de Belém – realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) – que não elevaram os níveis de alfabetização da população adulta.

A avaliação, que considerou o intervalo de 2009 a 2015, está no 3º Relatório Global sobre Aprendizagem e Educação de Adultos, lançado pela Unesco. Em Minas, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Estado segue a tendência mundial: o número de analfabetos com mais de 20 anos de idade saiu de 1,3 milhão para 1,1 milhão de pessoas no mesmo período de comparação. Uma redução de apenas 13%.

De acordo com o relatório, há problemas comuns à maioria das nações observadas. As políticas de aprendizagem e educação de adultos de apenas 18% dos países tratam de minorias étnicas, linguísticas e religiosas. Somente 17% dos países tratam de imigrantes e refugiados e 17%, de adultos com deficiências.

Quem decide recuperar o tempo perdido e encarar novamente os estudos garante que o esforço é recompensado.

Atualmente, Minas conta com mais de 261 mil alunos cursando a EJA. Desse total, 51% são mulheres e 49% homens.

Mudanças

No início de 2016, a Secretaria de Estado de Educação publicou duas resoluções reorganizando o ensino médio noturno e Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Estado. Uma das alterações se refere ao horário de entrada dos estudantes do ensino regular à noite e da EJA, que pode passar de 18h15 para as 19h. A saída também poderá mudar, de 22h30 para 22h14. A decisão de horário fica a cargo de cada escola.

As mudanças de horário de entrada no noturno foram pensadas para evitar atrasos por parte dos alunos que trabalham ou fazem estágios e se matricularam no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos.

Hoje, Minas possui cerca de 71 mil alunos da EJA matriculados nos anos finais do ensino fundamental e quase 190 mil alunos matriculados no ensino médio, segundo dados do governo estadual.

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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