Está praticamente aberta a temporada de promessas, Brasil afora. Estranhamente, muitas delas só chegarão aos principais interessados após as celebrações da Semana Santa.

Em Brasília, ao que se sabe, corre solta a prática de liberação das emendas parlamentares, moeda mais que valiosa quando se quer segurar as votações de interesse do Palácio, como exemplo, a que se anuncia para breve, aceitando ou não o parecer de uma comissão que já se sabe, recomendará o impeachment da atual presidentE.

No Estado, as relações entre os poderes também não anda muito fora deste contexto. Aqui em Formiga, também está aberta a temporada de bondades. Executivo e Legislativo não tem medido esforços para antes de iniciado o período de proibição de certas regalias, em razão da Lei Eleitoral, seja aprovado tudo aquilo que ninguém sabe por quais motivos, foi deixado para tramitar exatamente agora, na base do sufoco.

Claro que a observação contida na expressão “ninguém sabe”, transcrita no parágrafo anterior, pode e deve facilmente ser substituída por, “todo mundo sabe”, o que a torna mais condizente com a realidade. Preparem-se senhores eleitores, pois daqui para frente a coisa irá se afunilar e os pretensos candidatos à cadeira principal da Casa Goiaba exibirão seus planos. Bom será se todos eles encontrarem formas capazes de diminuir em tempo hábil e sem sacrificar o povo, este “furo” que se anuncia que passará deste para o próximo exercício: Mais de 20 milhões garantem uns, e isso apesar da tal Lei de Responsabilidade Fiscal, a tal 8666 que, se foi flexibilizada para livrar a ocupante do Alvorada, também o será com relação aos “usufrutuários” dos palácios estaduais e de suas “filiais”, instaladas nos municípios brasileiros, dizem alguns administradores por estas bandas.

Por aqui, enquanto assistimos a compra e o investimento de milhões em equipamentos, notamos que a folha de pagamento dos salários do mês anterior, ainda estava sem ser quitada para muitos servidores, inclusive os dos chamados cargos de confiança. Pagamento de fornecedores então, nem pensar! Aluguéis de inúmeros prédios que atendem a administração pública estão vencidos e não pagos há meses; alguns há mais de ano. Na saúde, ao mesmo tempo em que faltam materiais básicos e medicamentos, equipamentos de última geração, permanecem encaixotados no saguão do prédio da UPA, afrontando os usuários do PAM lá instalado. Um destes, de braço quebrado, como o menino conhecido pela alcunha de Mané, que com ou sem dor, há dias não consegue sequer fazer um raio-x para que o ortopedista possa atendê-lo.

E tome verba federal e estadual destinada à saúde, garantem os mesmos deputados de sempre, os controladores das tais verbas de gabinete que quando aqui aparecem, já vêm carimbadas com as exigências de se adquirir isto ou aquilo, deste ou daquele fornecedor. E chega! Fiquemos por aqui e torçamos para que o próximo prefeito, uma vez eleito, tenha condição de resolver os inúmeros problemas que se acumularam nos últimos anos. E, se for reeleito, que cumpra nos próximos 4 anos, pelo menos uma parte das promessas que alardeou na última campanha. Democracia se faz assim mesmo. Uns prometendo e outros cobrando. Vereador virando prefeito, ex-prefeito virando vereador e o povo, oh! VOTANDO e PAGANDO!

 

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