É comum as pessoas terem intestino preso, principalmente as mulheres. De acordo com pesquisa, 35% dos internautas vão ao banheiro a cada dois ou três dias.
Para conhecer melhor o seu intestino por dentro, o proctologista Fábio Atui e a pediatra Ana Escobar deram cinco dicas infalíveis para ter regularidade na evacuação e prevenir doenças.
O intestino preso favorece o surgimento de problemas como a diverticulite. Divertículos são pequenos sacos que surgem na parede do intestino grosso. São formados por uma camada interna, chamada mucosa, e outra externa, a serosa ? ambas muito finas e próximas aos vasos que nutrem o intestino.
Não há uma relação direta entre os divertículos e o câncer de intestino: apenas alguns sintomas são parecidos. O aparecimento da diverticulite está relacionado com a falta de fibras na alimentação.
A fibra, quando entra no intestino, não é quebrada nem digerida. Isso permite que ela grude nos radicais livres (responsáveis pelas toxinas e pelo envelhecimento do organismo) e os elimine.
Todos os alimentos que deixam resíduos de fibra soltam o intestino. As fibras absorvem líquido e também ajudam a formar o bolo fecal, que distende a parede do intestino e força a evacuação.
Uma alimentação muito gordurosa exige muito do tubo digestivo, porque a gordura é difícil de ser digerida. A bile é como se fosse um detergente de gordura e precisa de muito esforço para quebrar todas as moléculas de gordura quando são ingeridas em grande quantidade.
Outros alimentos prendem o intestino. Basicamente, isso acontece quando a pessoa bebe pouca água e come pouca fibra.
A presença dos alimentos no intestino faz com que as células do intestino caminhem nas vilosidades da parede intestinal, ajudando a absorção dos nutrientes. É por isso que é importante beber muito líquido, para facilitar o deslocamento das células do intestino e, consequentemente, a renovação delas.
Existem 3 tipos de bactérias no intestino:
– As que não fazem nada, só compõem a flora da região;
– As que são patogênicas, que costumam estar em menor quantidade e crescem, no caso de alguma doença, como uma diarreia infecciosa;
– E as benéficas, que cuidam da mobilidade do intestino
Respeite suas vontades
Segurar os gases a princípio não faz mal nenhum, o problema é segurar o intestino. Quando você tem vontade de ir ao banheiro, deve fazer isso logo, para tornar a digestão um processo muito mais natural.
Alguns alimentos podem causar mais gases, como o leite (que fermenta no estômago) e as leguminosas, sobretudo grãos que se dividem ao meio, como lentilha, grão-de-bico, feijão e amendoim.
Eduque seu intestino
Existe uma forma muito inteligente de educar o intestino. Para você conseguir ter regularidade no número de vezes que vai ao banheiro, pode tomar um copo de água logo quando acorda e se sentar no vaso.
A água vai distender as paredes do seu sistema digestivo e incentivar que o intestino solte, principalmente pelo ato de estimular o funcionamento dele sentando no vaso. Além disso, enquanto dormimos, o sistema digestivo funciona, processando os alimentos
Hemorróidas
Hemorroidas são veias dilatadas na região anal que manifestam sintomas da chamada doença hemorroidária. É um problema frequente na população geral. Existem dois tipos: internas e externas, de acordo com a posição.
As hemorroidas externas se formam no canal anal e região externa, sendo recobertas por uma pele bem sensível. As internas, ao contrário, estão na parte de dentro do ânus e são recobertas pela mucosa intestinal.
Pólipos
Os pólipos são estruturas minúsculas em formas de cogumelo que podem aparecer na parede intestinal. A quantidade varia de um até inúmeros. Eles podem ser detectados e removidos por um exame de colonoscopia. Quando não forem retirados, podem crescer e se transformar em câncer.
O pólipo é uma espécie de semente do câncer, mas que é fácil de ser removido. Se você detectar sangue nas fezes, procure um médico. Ele vai orientá-lo a fazer o exame de sangue oculto nas fezes. Se der positivo, ou seja, você deve fazer a colonoscopia, que inclusive pode retirar os pólipos.
Câncer de reto
São tumores malignos que podem comprometer todo o intestino grosso e o reto. São a primeira causa de câncer do aparelho digestivo e a terceira em incidência, entre todos os tumores malignos no Brasil. O dado mais recente do Instituto Nacional de Câncer (Inca) era uma projetação, para 2008, de mais de 25 mil casos por ano.

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