No dia 11 de abril, o vereador Mauro César/PMDB leu durante a reunião na Câmara Municipal um pedido de informação sobre o Centro de Especialidade Odontológica (CEO), feito pelo dentista Alexandre Teles Carvalho. De acordo com a carta, o dentista pedia informações à administração municipal sobre o material protético, adquirido por meio do governo federal, que está guardado há sete anos no almoxarifado do CEO e não está sendo usado em benefício da população de Formiga.
No pedido de informação, o dentista ressaltou que ?em 2005, foi inaugurado o Centro de Especialidade Odontológico, eu participei de sua criação e fiquei responsável pela parte de prótese. O governo federal não mediu esforços e mandou todos, eu mesmo recebi esses materiais, um serviço que traria muito beneficio à população formiguense. Gostaria de uma resposta, pois tem sete anos que este material está guardado no almoxarifado do CEO e não se faz nada para começar o atendimento protético à população?.
O presidente do Legislativo, Moacir Ribeiro/PMDB nomeou uma comissão para averiguar o caso. Os vereadores escolhidos foram: Gonçalo Faria/PSB, Cid Corrêa/PR e José Gilmar Furtado (Mazinho/DEM).
Durante a reunião na Câmara Municipal nesta segunda-feira (20), Gonçalo Faria leu o relatório de arquivamento sobre a denúncia. Cid Corrêa e Gonçalo Faria estiveram no local, no dia 10 de maio, mas não conseguiram se reunir com a supervisora de Saúde Bucal, Fabiana Batista Evangelista. Uma nova visita foi agendada para o dia 12 de maio. Na data, os dois vereadores, acompanhados de Mazinho voltaram ao CEO e foram atendidos por Fabiana Batista.
A supervisora relatou que o Centro de Especialidade não possui laboratório de próteses e, por isso mesmo, os materiais que ali se encontram estão desde a inauguração. Um laboratório em funcionamento custaria cerca de R$15 mil mensais. O custeio do CEO hoje gira em torno de R$30 mil mensais e o governo federal só repassa R$8.800, ficando a Prefeitura com a despesa de R$21.200.
De acordo com Fabiana Batista, por mês, 450 pacientes chegaram a ser atendidos no centro odontológico, em um total de mil procedimentos.
Segundo ela, não há, praticamente, pacientes encaminhados pelos Programas de Saúde da Família (PSF?s), e que algumas próteses poderiam ser feitas nesses postos de saúde. No local, trabalham 18 funcionários, quatro são contratados e os demais efetivos.
Os vereadores fizeram uma visita ?in loco? em toda a estrutura do CEO, inclusive em consultórios odontológicos e, principalmente, no almoxarifado. A comissão concluiu que não há fundamento na denúncia, visto que não existe estrutura funcional (laboratório) para serviços de prótese e os materiais remanescentes vêm sendo utilizados paulatinamente. Assim ficou descaracterizada a denúncia e a comissão pediu seu arquivamento.

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