Os Jogos Pan-Americanos chegaram ao fim, com os Estados Unidos no topo do quadro de medalhas, mas a polêmica em torno do protesto do esgrimista americano Race Imboden segue repercutindo. Após o atleta ajoelhar no topo do pódio durante a execução do hino nacional de seu país, o Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOPC) afirmou que avalia a possível punição a ele.

– A direção está avaliando as consequências disso. Todo atleta competindo nos Jogos Pan-Americanos de 2019 assinou um termo de elegibilidade que inclui a restrição de demonstrações de natureza política. Nesse caso, Race não respeitou o compromisso que ele fez com o comitê organizador e o USOPC. Respeitamos o direito dele expressar seu ponto de vista, mas lamentamos que tenha escolhido romper com seu compromisso – disse.

Não foi só Race Imboden que protestou durante o Pan. A lançadora de martelo Gwen Berry também se manifestou durante a entrega de sua medalha de ouro, levantando o punho no fim do hino nacional. A USOPC se manifestou da mesma forma em relação a Gwen. Dependendo da punição, ambos podem ficar de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Nove vezes campeão olímpico, o ex-velocista Carl Lewis também resolveu opinar sobre questões políticas do país e atacou o presidente Donald Trump, o chamando de “racista, preconceituoso e misógino”.

Colin Kaepernick em uma das muitas vezes que protestou durante o hino nacional — Foto: Getty Images

O movimento feito pelo esgrimista, de ajoelhar durante o hino nacional, se tornou um protesto famoso entre os atletas dos Estados Unidos e foi iniciado por um jogador de futebol americano: o quarterback Colin Kaepernick. Na época no San Francisco 49ers, o jogador foi o primeiro a realizar essa manifestação, em 2016, e desde então outros atletas da NFL e de outras modalidades o repetiram.

 

Fonte: G1 ||

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