A confiança do consumidor recuou 5,1 pontos em março na comparação com fevereiro, passando de 96,1 para 91,0 pontos. Foi o menor patamar desde outubro de 2018, divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (27).

Com a queda de março, o índice acumulou perda de 5,6 pontos nos dois últimos meses, o que corresponde a 42% da alta acumulada entre setembro de 2018 e janeiro de 2019.

“O resultado de março sugere haver desapontamento dos consumidores com o ritmo de recuperação da economia, após projetarem melhoras para a economia e para as finanças familiares nos meses anteriores. Além da velocidade da recuperação estar aquém do esperado, a demora no avanço das reformas tem contribuído para o aumento da incerteza econômica”, afirmou em nota Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.

Situação atual

Em março, tanto as avaliações sobre o presente quanto às expectativas em relação aos próximos meses pioraram.

Após quatro meses seguidos de altas, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,5 ponto, para 76,6 pontos, retornando ao patamar próximo do resultado de janeiro. A maior contribuição para a queda, no entanto, veio do arrefecimento das expectativas: o Índice de Expectativas (IE) caiu 7,6 pontos, para 101,4 pontos, o menor valor desde outubro do ano passado (95,3).

Entre os indicadores que medem a satisfação dos consumidores sobre o momento atual, após quatro meses de resultados positivos, o indicador que mede a percepção da situação econômica caiu 1,9 ponto, para 83,5 pontos, e o que mede a percepção em relação às finanças familiares diminuiu 1,1 ponto, para 70,3 pontos.

O indicador que mede o grau de otimismo com a situação econômica futura foi o que mais contribuiu para a queda da confiança no mês ao cair 8,3 pontos, para 118,3 pontos, o menor desde outubro de 2018 (106,0).

O indicador que mede as perspectivas futuras quanto à situação financeira das famílias nos meses seguintes também piorou e caiu 5,0 pontos, para 100,9 pontos.

“Com a redução da satisfação sobre o momento atual e arrefecimento das expectativas, os consumidores voltam a adiar compras. O indicador que mede a intenção de compras nos próximos meses caiu 7,8 pontos, para 84,8 pontos, o menor valor desde dezembro de 2018 (84,4).

Faixas de renda

A queda foi vista em todas as faixas de renda. Para as famílias com renda até R$ 2.100,00, o índice acumulou nos últimos dois meses queda de 9,9 pontos influenciado por uma diminuição das perspectivas sobre a situação financeira da família.

 

Fonte: G1||

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