Rinite e sinusite podem ser facilmente confundidas, ainda mais porque a primeira pode desencadear a segunda. Muitas vezes, a pessoa não consegue identificar as diferenças entre elas e acaba falando que tem alguma “ite” frequente. Embora parecidas, é importante ficar atento aos sintomas da rinite alérgica e da sinusite para saber como tratá-las.

Basicamente, a rinite ocorre devido a uma inflamação na mucosa do nariz e, geralmente, tem caráter alergênico. A reação inicia-se quando algum ‘intruso’ atinge a superfície interna do nariz, que é sensível.

Segundo o otorrinolaringologista Jamal Azzam, como um reflexo natural do ser humano, a pessoa vai espirrar a fim de impedir que esse corpo estranho chegue aos pulmões. O espirro serve como uma proteção, mas, nas pessoas com rinite alérgica, a sensibilidade é muito maior e esse reflexo torna-se repetitivo.

Além disso, a função de umedecimento do ar, feito no nariz por meio da produção de coriza, também aumenta, o que eleva a quantidade de secreção. Com isso, chega-se aos sintomas da rinite.

“A pessoa espirra demais, tem muita coriza, o nariz fica entupido, há coceira exagerada e pode ter conjuntivite, porque o olho está ligado ao nariz”, enumera Azzam.

Em alguns casos, as pessoas podem ter rinite e não ter sinusite e vice-versa. Em uma gripe, por exemplo, se houver muita produção de coriza sem que seja possível drená-la para o nariz, haverá acúmulo dos seios da face também. “A maioria tem sinusite por duas coisas que predispõem: rinite alérgica ou alterações anatômicas do nariz que prejudicam a drenagem dos seios da face. Quem tem sinusite ou tem rinite ou tem desvio de septo, adenoide (carne esponjosa)”, explica Azzam.

O otorrino afirma que, enquanto a rinite é um quadro crônico, ou seja, a pessoa é alérgica a vida inteira, a sinusite pode ser aguda (provocada por uma gripe) ou crônica.

 

Fonte: O Tempo ||

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