O novo presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), aceitou na tarde desta terça-feira (10) a representação do PSOL contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e abriu processo para verificar se houve quebra de decoro parlamentar.
Demóstenes será investigado por denúncias de que usou seu mandato para beneficiar o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob suspeita de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal. Devido às denúncias, Demóstenes anunciou sua desfiliação do DEM.
Acato a presente representação. Determinando seu registro e a notificação do representado para que no prazo de 10 dias úteis contados da intimação pessoal ou por intermédio do seu gabinete apresente sua defesa prévia, disse o presidente do conselho.
Apesar da abertura do processo no Conselho de Ética, foi adiada para a próxima quinta-feira (12), às 10h, a escolha do relator para o processo. A escolha será mediante sorteio, de acordo com o novo presidente do conselho.
Valadares afirmou que tomou uma atitude importante ao aceitar o pedido. Eu já fiz a coisa mais importante, aceitar a representação. O processo tem início aqui, disse o novo presidente.
A abertura da representação ocorreu pouco após a posse de Valadares como presidente do Conselho de Ética do Senado. Ele assumiu o cargo por ser o mais idoso integrante do conselho. A vaga pertencia, regimentalmente, ao PMDB, que não conseguiu indicar um integrante do partido para a presidência – o nome de Vital do Rêgo foi discutido, mas ele não aceitou abrir mão do posto de corregedor da Casa.
O senador Demóstenes Torres não vai ao Senado há cerca de três semanas, desde o dia 20 de março, no auge das denúncias de que usou seu mandato para

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