Será hoje, a partir das 14h, no teatro Dom Silvério, a audiência pública que vai discutir a revisão tarifária da Cemig. A audiência, prevista em lei, seria na sexta-feira (1º), mas foi desmarcada na última hora pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por problemas no auditório da escola onde aconteceria o evento.
Podem participar técnicos, empregados e prestadores de serviço do setor, consumidores, empresas e outros interessados. Todas as contribuições são analisadas pelo órgão regulador para se chegar ao percentual de reajuste, que vai começar a valer a partir do dia 8 de abril.

A proposta preliminar da Aneel prevê um reajuste médio de 6,36%, com alta de 11,23% para consumidores residenciais e queda de 2,51% para os clientes industriais. O aumento, se aprovado, iria anular a maior parte da redução de contas de energia promovida pelo governo federal no fim de janeiro.

As tarifas dos consumidores residenciais tiveram quedas entre 18% e 25,94%, conforme a distribuidora. A redução para os consumidores da Cemig foi uma da menores, 18,14%.

Por e-mail
Antes da audiência presencial, a agência realizou uma consulta por e-mail e recebeu desde estudos técnicos sobre a composição das tarifas até protestos indignados de consumidores. Essas contribuições também serão analisadas antes da decisão final.

As contribuições foram publicadas ontem no site da Aneel. Entre os mais de cem consumidores que se manifestaram, apenas um defendeu o reajuste proposto. O cliente, que não se identificou, disse estar cansado de apagões e afirmou preferir pagar caro para ter um fornecimento de energia confiável. Os outros se manifestaram em peso contra o aumento. A maioria se restringiu a escrever eu sou contra ao aumento na conta de energia da Cemig ou eu digo não ao aumento da conta de luz, mas outros se alongaram mais.

Thiago de Castro Ventura, por exemplo, opinou que o fato de a Cemig sempre apresentar lucro em seus balanços obviamente significa que não existe necessidade de voltar com parte da tarifa que era cobrada anteriormente [antes da redução ocorrida no fim de janeiro], segundo a mensagem.

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