O consumo nacional de eletricidade atingiu 35,9 mil gigawatts-hora (GWh) em julho de 2012, o que representa um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou nesta quarta-feira a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A alta foi puxada pelo consumo do segmento de comércio e serviços, que registrou expansão de 6,6% no período, enquanto a classe residencial apresentou um desempenho mais modesto, com aumento de 1,7%. Já o consumo industrial teve queda pelo segundo mês consecutivo, de 1,6% em julho ante igual mês do ano passado.
Apesar de o setor comercial ter apresentado o melhor desempenho entre as classes de consumo, a EPE lembra que desde março o segmento não apresentava crescimento abaixo de 7%. Esta menor elevação é de se esperar, em virtude da própria sazonalidade do setor aliada a um longo ciclo de forte expansão, e parece indicar que a entrada de novos investimentos no setor comercial está acontecendo mais suavemente, diz a resenha mensal do mercado de energia, divulgada nesta quarta-feira.
A EPE salienta que o movimento pode ser sentido na evolução da base de unidades consumidoras, que aumentou 150 mil unidades em julho (+3%), ante 214 mil novas unidades consumidoras (+4,4%), em igual mês de 2011. A dúvida por parte do empresariado quanto ao comportamento adiante da demanda doméstica, como demonstra o Índice de Confiança do Comércio da FGV ainda em queda, pode estar postergando novos investimentos no setor, avalia.
No que diz respeito à evolução do consumo nas regiões brasileiras, o destaque mais uma vez é para os Estados da região Nordeste. O relatório destaca que, desde o início do ano, o consumo de energia elétrica no Nordeste – que responde por 17% do total do País – expandiu 5,8%, superando o desempenho nacional no mesmo período, que foi de alta de 3,8%.

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