O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nessa quarta-feira (19) manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano. A decisão já era esperada pelos analistas do mercado financeiro.

Esta é a décima vez consecutiva que a taxa é mantida no menor patamar da série histórica. A Selic serve como referência para as demais taxas de juros cobradas de pessoas e de empresas.

Conforme o relatório Focus, divulgado na segunda-feira (17) pelo Banco Central, as instituições financeiras estimam que a Selic deve ser reduzida a partir de setembro, podendo encerrar o ano de 2019 em 5,75% ao ano.
Segundo o portal G1, o relatório mostra que, para os analistas financeiros, devem contribuir para a queda da Selic os atuais índices de desemprego e de atividade econômica.

Argumentos para decisão

Em comunicado divulgado nesta quarta, o Copom informou ter avaliado que houve piora no cenário econômico interno.

Para o comitê do Banco Central, os indicadores recentes da atividade econômica apontam interrupção do processo de recuperação da economia nos últimos trimestres. Ainda assim, o comitê avalia que haverá retomada gradual
O cenário externo, acrescentou o Copom, “mostra-se menos adverso”. Segundo o Banco Central, porém, ainda é preciso acompanhar os riscos associados à “desaceleração da economia global”.

“Uma eventual frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. […] O comitê avalia que o balanço de riscos para a inflação evoluiu de maneira favorável, mas entende que, neste momento, o risco [de frustração da continuidade das reformas] é preponderante”, afirma o comunicado.

O Copom destacou que a continuidade das reformas é “essencial” para queda da taxa de juros e a recuperação econômica.

Copom e a decisão sobre a Selic

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a taxa Selic. O objetivo é buscar o cumprimento da meta de inflação, fixada todos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2019, a meta central de inflação é de 4,25%. O sistema prevê uma margem de tolerância. Por isso, a meta será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2,75% e 5,75%.

Para 2020, a meta central é de 4% – com oscilação autorizada entre 2,5% e 5,5%.

Quando a inflação está alta ou indica que vai ficar acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e, consequentemente, freando o consumo, reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação cai.

O Copom reduz os juros quando avalia que as perspectivas para a inflação estão em linha com as metas determinadas pelo CMN.

 

Fonte: G1||

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