A pouco mais de um ano das eleições, a corrida às duas vagas que serão disputadas no Senado em 2018 ganha cada vez mais força, e os partidos começam a se mobilizar para o pleito, que promete ter uma concorrência acirrada.

Com a tendência de que Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrela (PMDB), que atualmente ocupam duas das três cadeiras destinadas a Minas Gerais (a outra vaga é de Antonio Anastasia (PSDB), não concorram à reeleição, a expectativa é de que a disputa seja intensa.

Diferentemente das últimas eleições, em que havia uma polarização em torno de poucos candidatos, os principais partidos tendem a lançar candidatura própria em 2018.

Nas últimas eleições sete candidatos disputaram a única vaga aberta.

Entretanto, entre as legendas com maior representação no Congresso, apenas PSDB e PMDB lançaram candidatos próprios – na ocasião, Anastasia foi eleito para seu primeiro mandato.

Em meio a uma divisão no partido, em que uma ala, liderada pelo vice-governador Antonio Andrade, rompeu com o governador Fernando Pimentel (PT), e outra mantém o apoio ao petista, o PMDB tem no deputado estadual Adalclever Lopes o principal nome para a disputa ao cargo.

Um dos líderes do partido na Assembleia Legislativa (ALMG), o deputado estadual Ivair Nogueira (PMDB) confirmou a intenção do partido em lançar candidaturas próprias em 2018, e indica quais seriam os principais nomes para o pleito.

“Nós temos um grande nome que é o do Adalclever Lopes. Ele pode ser candidato a tudo, seja ao Senado, ao governo, e até a Câmara. Cabe a ele aceitar ou não. Além do Adalclever, outro nome muito forte é o do deputado Rodrigo Pacheco. É jovem, moderno, vem fazendo um grande trabalho na Câmara dos Deputados, e também está apto para concorrer a qualquer cargo”.

Já no PT, o deputado federal Reginaldo Lopes surge como a provável indicação do partido à disputa pelo Senado.

Apesar da grande representatividade nacional, o Partido dos Trabalhadores busca pela primeira vez eleger um candidato próprio no Senado.

Apesar de deixar clara a prioridade do partido para 2018, o deputado fez questão de ressaltar o desejo do PT em assumir uma das cadeiras em Brasília.

“O nosso foco principal é a reeleição do nosso governador Fernando Pimentel. Vamos nos reunir e a partir da estratégia definida, vamos estudar a composição da chapa, mas posso afirmar que é uma vontade do PT de, pela primeira vez, ter um senador”, destaca Reginaldo.

 

PSDB quer Aécio na disputa, e PCdoB indica Jô Moraes como pré-candidata ao Senado

Mesmo envolvido em denúncias de corrupção, o senador Aécio Neves segue com prestígio no PSDB, ao menos em Minas Gerais.

O ex-presidente do partido, que chegou a ser afastado de suas funções no Senado em maio, e recuperou o posto no mês seguinte, luta para se defender das denúncias.

Deputado estadual pelo partido, João Vítor Xavier confirma a intenção da legenda em lançar um candidato próprio, mas faz questão de afirmar que o ex-governador é o preferido, caso opte por tentar a reeleição.

“A prioridade absoluta do partido é do senador Aécio Neves. Caso ele queira (a candidatura), terá todo o apoio do partido, mas caso opte por disputar outro cargo, o partido certamente vai se mobilizar para indicar outro nome. Entretanto, a preferência é toda do Aécio, que terá todo o tempo que precisar para decidir se vai se candidatar novamente”.

Em caso de recusa de Aécio, nomes como os dos deputados federais Domingos Sávio e Marcus Pestana aparecem como as principais opções para o pleito.
O primeiro partido a indicar um pré-candidato ao Senado foi o PCdoB.

Em reunião do comitê estadual, que ocorreu no final de julho, os partidários aprovaram o nome da deputada federal Jô Moraes para representar o partido.

Exercendo o terceiro mandato na Câmara, a deputada destacou a conjuntura atual do partido, e deixou clara a intenção da legenda nas próximas eleições.

“Para o PCdoB, nacionalmente é um momento de grandes desafios e objetivos. Precisamos pensar em um candidato próprio, que faça ponte para um diálogo com a população. Queremos a confiança da sociedade na atividade política. A sociedade tem que conhecer bem os candidatos que se apresentam. Nesse sentido, nós vamos lançar a candidatura ao Senado”.

Em 2016, Jô Moraes foi candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte, na chapa encabeçada por Reginado Lopes (PT). A dupla obteve 86.234 votos (7,27% do total) e terminou a disputa em quarto lugar.

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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