A redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o etanol em Minas Gerais, de 22% para 19%, a partir de primeiro de janeiro de 2012, aumentou a competitividade do combustível renovável no Estado. Agora, Minas Gerais está alinhado com outros três Estados que desoneraram o etanol em relação a gasolina, disse o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues. Os outros Estados são Paraná, São Paulo e Goiás.
Com a desoneração, o produtor poderá ter margem de lucro e o etanol chegar competitivo nos postos de combustíveis ao consumidor. Nesta safra, a competitividade do etanol hidratado deve se estender também para Minas Gerais, acredita. Em São Paulo, enquanto o ICMS é de 25% para a gasolina, ele é de apenas 12% para o etanol. No Paraná, o imposto é de 26% para gasolina e 18% para etanol. Em Minas, a gasolina é taxada em 27% e o etanol em 19% a partir de agora. Em Goiás, o imposto é de 29% para gasolina e 22% para o etanol. Nos demais Estados, a grande maioria tem impostos em torno de 30% para o etanol, o que torna sua competitividade bastante difícil, apenas quando o excesso de oferta derruba as cotações para baixo do custo de produção, revela Rodrigues.
Outros Estados
A redução da taxação sobre o etanol também está sendo estudada no Mato Grosso. A redução tem acontecido em Estados para onde a cultura da cana-de-açúcar tem se expandido. Os principais produtores de etanol do Brasil são os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O consumo está concentrado em São Paulo, com mais de 60% do total. Em São Paulo, a diferença entre o ICMS da gasolina e do etanol é de 13 pontos percentuais, o que garante a competitividade do etanol em tempos de normalidade de abastecimento, disse ele.
Preço
Na última semana do ano passado, a gasolina foi vendida, em média, por R$ 2,835 em MG. Já o litro do álcool custou R$ 2,217, em média, no Estado.

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