No dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quinta-feira (3), relatório do Disque Direitos Humanos (08000 031 11 19) mostra que os mineiros estão mais atentos aos crimes contra esse público. O número de denúncias teve um salto de 53% quando comparado os 11 meses deste ano com o mesmo período de 2008: foram 107, ante 70. O Disque Diretos Humanos é um serviço gratuito e sigiloso, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
O crime de agressão e maus-tratos foi o mais denunciado neste ano e em 2008, engrossando a lista de denúncias. Nesse quesito o aumento foi de 61%, 67 até novembro deste ano contra 41. Em seguida aparecem as denúncias de abandono material, abuso sexual, maus-tratos familiares e de terceiros.
O responsável pela Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência, Flávio de Oliveira, explica que o aumento das denúncias mostra que os mineiros não estão aceitando esse tipo de violência. ?Esse aumento mostra que o Disque Direitos Humanos está chegando à população e que as pessoas estão se conscientizando cada vez mais para mudar essa realidade. Nossa intenção é fazer com que esse canal chegue a um número maior de pessoas e assim promover uma sociedade mais justa e responsável?, ressaltou.
As violações dos direitos da pessoa com deficiência estão entre as mais recorrentes, de acordo com o relatório do Disque Direitos Humanos. A população de todo o Estado também pode recorrer ao serviço para denunciar crimes contra crianças e adolescentes, idosos, mulheres, abuso de poder, assistência jurídica, assistência social, relações de consumo, entre outras violações.
As denúncias recebidas pelo Disque Direitos Humanos são encaminhadas aos conselhos tutelares e delegacias especializadas. Após investigados, os casos são encaminhados à Justiça. Mercado de Trabalho
Até outubro deste ano, os postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) colocaram 544 pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Desempenho 3% superior ao mesmo período de 2008, que teve 531 colocados.
Em Belo Horizonte, os trabalhadores contam com o Sine da Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (Caade), unidade que presta serviços, exclusivo para esse público, de intermediação de mão de obra. Para aumentar as chances de contratação esses trabalhadores podem contar com o projeto Usina do Trabalho que oferece cursos de qualificação profissional gratuitos destinados às pessoas com deficiência.
No momento, o Usina do Trabalho está qualificando 140 trabalhadores com deficiência, nos municípios de Poços de Caldas, Uberlândia e Divinópolis.

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