No verão, a população de algumas cidades litorâneas chega a dobrar. Muita gente esquece que o mar pode esconder muitas armadilhas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os salva-vidas resgataram quase 900 pessoas. No Espírito Santo, 18 banhistas morreram nas últimas semanas. Mais oito no litoral paranaense.
Mas, desde o mês passado, oito pessoas já morreram no litoral paranaense. Janeiro, mês de férias e muito calor, concentra os casos de afogamentos em Fortaleza.
Na bela orla de Salvador, em 60% dos casos os banhistas estavam bêbados, segundo o Salvamar. No Espírito Santo, a maioria das vítimas tem entre 20 e 35 anos. Em dois meses, já foram registradas 18 mortes no estado.
Quase 900 pessoas foram resgatadas no Rio Grande do Sul em três semanas. É mais da metade do que foi registrado em toda a operação do ano passado, que durou 70 dias. Um flagrante, feito por um turista, mostra que até um helicóptero foi usado para salvar um banhista.
O litoral paulista tem 577 guarda-vidas. É um número alto. O problema é que a quantidade de turistas é bem maior. Praia Grande, na temporada de verão, recebe uma população de turistas que é mais que o dobro do número de moradores. Apesar das placas, dos apitos de alerta, da marcação cerrada dos bombeiros, nos últimos 15 dias, foram seis mortes por afogamento nas praias do município.
Nem mesmo quando o mar está aparentemente calmo, com poucas ondas, os banhistas podem reduzir os cuidados. Segundo os salva-vidas, é em dias assim que o trabalho deles aumenta.
?O mar sempre é perigoso. Muitas vezes, para o leigo, está parecendo uma piscina, mas há correntezas fortes. Com o mar liso, os banhistas abusam?, alerta o tenente Durval Lima, do Corpo de Bombeiros.
Os salva-vidas reforçam dicas que todos conhecemos e às vezes esquecemos: não entrar na água depois de comer. O correto é esperar pelo menos duas horas e continua valendo aquela máxima: água no umbigo, sinal de perigo.

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