O número de pessoas portadoras de deficiência que conseguiram colocação no mercado de trabalho, em Belo Horizonte, cresceu 7% nos primeiros sete meses deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2008. Foram 384, contra 359. Os dados são do Sistema Nacional de Emprego da Coordenadoria Especial de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (Caade) e foram divulgados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) nesta semana, dedicada à pessoa com deficiência.
A evolução dos colocados no mercado, mesmo diante da crise, é um dos pontos positivos destacado pelo coordenador da Caade, Flávio de Oliveira. ?As empresas estão dando mais oportunidades. Só o Sine da Caade, que faz captação de vagas exclusivas para portadores de deficiência de Belo Horizonte e região metropolitana, registrou, neste ano, crescimento de 7%?, ressaltou.
Para o coordenador, ainda é preciso superar alguns desafios, como a discriminação. ?Ainda temos que melhorar as questões sobre as barreiras arquitetônicas nos transportes e via públicas, barreiras de comunicação e também de atitudes?, disse.
Outra ação da Caade é o incentivo na criação de conselhos municipais dos direitos das pessoas com deficiência. ?Os conselhos são instrumentos importantes de democracia participativa. Atualmente, temos 37 em Minas Gerias?, informou Oliveira.
Lei das Cotas
De acordo com a ?Lei das Cotas?, como é conhecida a Lei 8213, empresas com 100 ou mais empregados estão obrigadas a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1000, 4% e de 1001 em diante, 5%.
Flávio Oliveira destacou a importância da lei. ?As pessoas com deficiência estão mais confiantes, as empresas são mais fiscalizadas no cumprimento da Lei das Cotas, existe consciência de responsabilidade social?.

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