Um estudo publicado no periódico britânico journal Epidemiology & Community Health indica que crianças que têm o Quociente de Inteligência (QI) acima da média têm mais chances de experimentar drogas durante a adolescência e a vida adulta.
Segundo a pesquisa realizada por cientistas do Centro de desenvolvimento e Avaliação de Intervenções Complexas para o Aprimoramento da Saúde Pública da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, o perigo é ainda maior em mulheres, principalmente em idades por volta dos 30 anos.
Para a equipe de pesquisadores liderada por James White, quando adultas, as pessoas não sentem tanto medo de testas situações que oferecem algum tipo de preigo. Eles acreditam que provar duas ou três vezes não vai prejudicá-los, afirma o cientista.
Segundo ele, a hipótese está interligada ao fato de que as pessoas que têm índices de QI mais alto estarem mais dispostas a buscar novas experiências e provar os diferentes tipos de drogas.
No estudo, foram utilizados dados do acompanhamento de 8.000 pessoas, de 1970 até 2010, que tiveram seus níveis de QI medidos aos 5 e, novamente, aos 10 anos.
Os sujeitos foram instruídos a responder questionários que avaliavam o contato com drogas durante a adolescência e nos últimos doze meses da vida de cada indivíduo. Além disso, foram avaliados a classe social, o nível educacional e a renda atual dos sujeitos.
Segundo o relatório final da pesquisa, índices altos de QI aos 5 anos de idade foram associados a uma alta probabilidade de contato com maconha e cocaína em mulheres por volta dos 30 anos.
Nos homens, o QI elevado foi associado ao consumo de maconha, cocaína, anfetaminas, ecstasy e várias drogas ao mesmo tempo, também aos 30 anos.
Altos níveis de QI aos 10 anos de idade foram associados ao uso de cocaína, maconha, anfetaminas e uso múltiplo de drogas.
Nos homens, um QI elevado representa uma probabilidade 50% maior de ter tido contato com anfetaminas, maconha, cocaína e outras drogas ilícitas.
Considerações
Segundo os cientistas, a associação foi maior entre pessoas do sexo feminino mesmo após os dados terem sido considerados independentemente de perturbações psicológicas durante a adolescência e da posição social ao longo da vida.
Mulheres que possuíam um coeficiente de inteligência (QI) entre 107 e 150 apresentaram uma probabilidade duas vezes maior de ter tido contato com substâncias ilegais quando comparado àquelas que apresentaram índices de QI com pontuações menores que 95.

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