O curta-metragem “Dentro”, dirigido, roteirizado e produzido pelo divinopolitano Alisson Resende, é um dos filmes selecionados para o 7th Delhi Shorts International Film Festival, que será realizado no dia 28 de outubro em Delhi, na Índia.

“Dentro” foi lançado no Teatro Municipal Usina Gravatá, em Divinópolis, no dia 8 de março deste ano. O filme, gravado em um galpão da cidade em apenas 4h30, concorre a quatro prêmios no festival: melhor diretor, melhor filme, menção honrosa do júri e menção especial do Festival.

Além do filme dirigido por Alisson, outros dois brasileiros estão na disputa pelos prêmios: “O Canto das Pedras”, de Tatiane Cantalejo, e “Anônimas”, com direção de André de Lima e produção de Roberto Costa.

Curta-metragem é o nome que se dá a um filme com duração de até 30 minutos.

 A nomeação para o festival, realizado desde 2012, foi motivo de orgulho para o diretor, que afirmou estar ansioso e confiante para representar o Brasil e Minas Gerais no festival.

“Ter um filme selecionado em um festival é sempre gratificante. Ter um filme de produção independente e baixíssimo orçamento selecionado por um festival internacional é mais gratificante ainda, pois aprova e certifica a qualidade do trabalho realizado”, contou.

Conforme Alisson, foram gastos apenas R$ 50 reais para a produção do filme. Para comparação, o vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem em Live Action em 2018, “The Silent Child”, da Inglaterra, custou cerca de 10.000 libras, cerca de R$ 48 mil, para ser produzido.

“Como eu já tinha uma câmera, uma luz de LED e outras coisas, não posso colocar na conta do filme, pois estes são equipamentos que eu já tinha. Por isso, só considerei os custos do dia de produção, que foram locomoção, lanche, água, etc. O galpão em que filmamos era de um avô de um amigo meu, então até a locação eu consegui de graça”, explicou.

Alisson, que já dirigiu e roteirizou outros filmes, como “Ninguém Pode te Ouvir”, gravado no Rio de Janeiro, “Carona” e “Hands”, ambos gravados em Divinópolis, considera “Dentro” o seu trabalho mais maduro e intenso.

O curta é definido pelo diretor como “um suspense psicológico narrado por uma personagem que vive momentos de medo, angústia e tensão ao se ver presa pela escuridão”. A atriz e jornalista Ruth Flore é a protagonista do curta e tem seu primeiro papel no cinema interpretando Bárbara.

“Me sinto honrada e emocionada por atravessar fronteiras junto ao filme e de poder levar essa obra para outros países. Existe uma necessidade de tratarmos do tema [abordado no filme] com sensibilidade e amor. Receber o reconhecimento da grandiosidade deste trabalho além do território brasileiro é imensamente satisfatório”, afirmou a atriz.

O diretor espera que o público aprenda com a história abordada no curta-metragem. Para ele, existem muitas pessoas presas, como a protagonista do filme, e que não sabem o que fazer ou como agir em determinadas situações.

“O filme mostra que sempre haverá uma saída, uma luz. Eu acredito que o filme ensina a lidar com nossos próprios medos, então, quanto mais ele for exibido, mais pessoas terão a chance de se encontrar”, disse.

 O curta-metragem tem aproximadamente 19 minutos de duração e está disponível na internet. Clique aqui para assistir.

 

 

Fonte: G1 ||

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