Até 1º de maio, foram registrados 737.756 pacientes com suspeita de dengue no país, 2,2 vezes a mais do que o contabilizado no mesmo período do ano passado – 335.265 infecções. Além da explosão do número de registros, a doença mostra força em várias partes do país. Doze Estados e o Distrito Federal apresentam alta incidência da infecção – mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes. Outros dois Estados apresentam incidência média da doença – até 100 casos por 100 mil habitantes. Os dados foram informados nesta quarta-feira (7) pelo Ministério da Saúde.
O vigor da doença já era notado no início do ano. Em fevereiro, cinco Estados registravam municípios com epidemia. Até agora, foram confirmadas 321 mortes provocadas pela infecção. Com isso, a taxa da letalidade da doença é de 5% – cinco vezes maior do que é admitido pela Organização Mundial da Saúde.
Ainda não podemos dizer que enfrentamos a maior epidemia da história, afirmou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho. Ele admite, porém, que os números não deverão sofrer grandes alterações. A tendência de epidemia duas vezes maior do que a do ano passado já havia sido indicada no boletim anterior divulgado pelo governo.
O coordenador não esconde, no entanto, a preocupação com 2011. O aumento do número de casos neste ano tem uma relação estreita com a volta da circulação do vírus 1 da dengue, conta. De acordo com Coelho, 22 Estados apresentam registros desse subtipo de vírus. Estamos muito preocupados com 2011. Há população suscetível, temos de trabalhar firme para que número de casos da doença não aumente nos Estados que hoje apresentam um número mais reduzido de infecções.
São Paulo é o que apresenta maior número de casos de dengue: 185.966, seguido por Minas (158.207) e por Goiânia (80.055). Esses Estados, ao lado Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre, respondem pela maior parte da doença: 577.313 casos.
Os números divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que a maior parte das mortes ocorreu em São Paulo: 99 registros. Mato Grosso do Sul tem 36 registros e Mato Grosso do Sul, 34. Minas Gerais, apesar do grande número de casos da doença, apresenta até o último boletim 19 mortes.

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