Depósitos clandestinos de gás em Arcos colocam em risco a segurança de moradores. A comercialização irregular está na mira do Corpo de Bombeiros, que realiza desde a semana passada, uma fiscalização na cidade. O objetivo é conferir se os depósitos atendem às legislações vigentes.
De acordo com o sargento Bulhões, na cidade ainda existe um número considerável de locais que comercializam o produto de forma irregular. ?Esses locais não atendem aos padrões de segurança, não possuem um projeto aprovado pelos Bombeiros e são instalados em pequenos lugares fora dos padrões exigidos. O risco de explosão existe e os moradores vizinhos aos depósitos irregulares podem sofrer as conseqüências?, alerta o policial.
A fiscalização iniciada na tarde de quarta-feira foi acompanhada pela Vigilância Sanitária municipal, que também vistoria os revendedores de gás na cidade. O órgão recebeu denúncias de comércios clandestinos, que foram fiscalizados pelo Corpo de Bombeiros. Em um deles, no bairro Esplanada, botijões de gás vazios foram encontrados no fundo do quintal de um bar. O estabelecimento não possuía autorização para a revenda do produto e a comercialização foi proibida pelos bombeiros.
Ao todo, estão cadastrados como revendas de gás, 24 comércios da cidade.
De acordo com o Sindicato dos Revendedores e Transportadores de Gás em Minas Gerais, 60% dos botijões que chegam ao consumidor são clandestinos. ?Os proprietários dos depósitos irregulares terão 60 dias para regularizar a situação e podem ser impedidos de comercializar o gás GLT?, explica o sargento Bulhões. De acordo com ele, durante esta semana, uma nova fiscalização deve ser feita para conferir se as irregularidades estão sendo sanadas e se os depósitos clandestinos voltaram a funcionar. ?O consumidor deve ficar atento e questionar se o local possui alvará de funcionamento e projeto elaborado. Outra recomendação é sempre quando perceber irregularidades, denunciar ao Corpo de Bombeiros?.
O transporte de gás também representa riscos para a população. Nem sempre ele é feito de forma regular. O Corpo de Bombeiros alerta que os motoqueiros devem transportar apenas um botijão em cada moto para evitar acidentes. As motos também devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), como presença de extintor de incêndio, kit de emergência e a ficha do produto.

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