Na semana que antecede o Carnaval, os deputados mineiros diminuíram o ritmo de trabalho. Além de nenhuma das três sessões plenárias terem sido satisfatórias ? o quórum caiu nas reuniões de terça, quarta e quinta-feira ?, o trabalho nas comissões também foi prejudicado pela ausência dos parlamentares.
Desde terça-feira (25), a maior parte das reuniões dos colegiados temáticos não foi realizada. O trabalho na Assembleia Legislativa de Minas volta, oficialmente, na próxima quinta-feira, de acordo com a assessoria de comunicação da Casa. No entanto, com apenas uma reunião de comissão e uma sessão plenária marcadas, o indicativo é de que os deputados devem mesmo emendar e transformar o Carnaval em um superferiado prolongado de cerca de dez dias.
Nos corredores da Casa, os servidores comentam que alguns dos parlamentares do interior já foram para suas bases eleitorais nas diferentes regiões do Estado. Em alguns casos, o Carnaval vai ser animado. Os deputados vão passar o feriado pulando de cidade em cidade em seus redutos eleitorais sete meses antes da disputa nas urnas e mais de quatro meses antes do início das campanhas.
Nos gabinetes, a movimentação de funcionários era normal nesta quinta-feira. Os servidores trabalham nesta sexta e voltam às atividades na próxima quinta-feira.
Enquanto os deputados ?enforcam? os dias que antecedem o Carnaval, 16 projetos esperam a votação em plenário. Dentre eles, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 62, de 2013, que permite que o governo crie uma fundação para gerenciar planos de previdência complementar para os servidores do Estado, e o Projeto de Lei 4.378, de 2013, que permite ao governo contrair um empréstimo no valor de 30 milhões em um banco alemão.
Com o ritmo lento no Legislativo, projetos como o que define direitos dos usuários de serviços de saúde e o que pretende que o poder público promova melhorias na mobilidade urbana terão que esperar.
Balanço
Desde terça-feira, reuniões de comissões marcadas, apenas 11 foram realizadas. Na terça, por exemplo, somente os quatro colegiados que se reúnem na parte da manhã trabalharam. As outras sete reuniões de comissão foram desmarcadas. Somente quatro das dez reuniões aconteceram.
Nesta quinta, havia duas comissões agendadas. Somente a de Participação Popular saiu do papel. A sessão plenária não teve quórum.
Depois da ressaca
Senado
Ficou de analisar o projeto que muda o indexador da dívida dos Estados com a União;
Câmara dos Deputados
Deve decidir se abre CPI para investigar a Petrobras.
Assembleia de Minas
Tem que votar 16 projetos que estão na pauta, como o que cria uma fundação para gerenciar fundo de previdência complementar para os servidores e o projeto que autoriza o governo a tomar empréstimo de ? 30 milhões.
Câmara
Precisa concluir os trabalhos da comissão que vai propor um novo modelo de verba indenizatória para custear os mandatos dos parlamentares. O projeto de reajuste dos servidores aguarda análise em segundo turno.

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