Com o pedido de demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente Jair Bolsonaro já estuda nomes para reocupar a direção da pasta. Um deles é o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

De acordo com a colunista Bela Megale, o nome de Thompson Flores foi defendido por ministros da ala militar para substituir Moro. Cotado, ele participou do julgamento que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância no caso do sítio de Atibaia.

Em julho do ano passado, a defesa de Lula chegou a solicitar o afastamento do desembargador Thompson Flores no processo do sítio. Um dos pontos levantados pela defesa de Lula remonta ao dia 8 de julho de 2018, quando Thompson determinou que o ex-presidente continuasse preso após a ordem de soltura de um desembargador que estava de plantão. Isso foi dentro da ação do triplex do Guarujá.

“Concorde-se ou não com o seu teor, em um regime democrático, a ordem de soltura só poderia ser desconstituída por um órgão colegiado deste Tribunal Recursal ou pelas instâncias superiores (STJ ou STF), observado o devido processo legal”, chegou a apontar a defesa.

Thompson foi responsável por manter Lula preso durante uma indefinição de desembargadores do TRF-4 favoráveis e contrários à soltura do ex-presidente. Isso, inclusive, foi a pedido de Sérgio Moro, na época juiz da Lava-Jato em Curitiba. Outro nome fortemente avaliado por Jair Bolsonaro é o de Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Fonte: O Tempo Online

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