Desempenho escolar de meninos é inferior ao de meninas

No estudo, o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45%, enquanto meninas ficam abaixo de 40%.

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No estudo, o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45%, enquanto meninas ficam abaixo de 40%.

Um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou diferenças no desempenho escolar entre meninos e meninas no Brasil. Segundo o ?G1?, a avaliação com dados de base de 2012, mostra que o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45%, enquanto meninas ficam abaixo de 40%. O desempenho é avaliado entre adolescentes de 15 anos em leitura, matemática e ciências.
Comparado aos países-membros da OCDE, o Brasil ficou bem abaixo, já que em outras localidades o resultado apresenta de cerca de 15% para meninos e 9% para meninas.
Porém, na avaliação da resolução de problemas de matemática e de ciências, a relação de gênero se inverte. No Brasil, meninos superam meninas entre 20 e 30 pontos na pontuação total do teste. Segundo cálculos da OCDE, isso equivaleria ao resultado de quase oito meses a mais de escola para os meninos.
De acordo com a OCDE, em todos os países estudados apenas 14% das mulheres jovens que entraram na universidade pela primeira vez em 2012 escolheram campos relacionados à ciência, incluindo engenharia, indústria e construção. O percentual masculino foi de 39%.
Outro ponto levantado no estudo é que a entidade classifica ansiedade dos alunos diante de disciplinas como a matemática. Em média, detectou-se um índice de 27% de meninos e de 34% de meninas admitindo grande nervosismo diante da resolução de problemas matemáticos. No Brasil, os índices saltam para 43% dos meninos e 54% das meninas.
A OCDE diz que o número geral de meninos falhando em obter níveis básicos em leitura, matemática e ciências se deve a uma série de fatores. Há evidências de que podem ser causadas por diferenças de comportamento de gênero, já que meninos, por exemplo, gastam uma hora a menos por semana fazendo o dever de casa do que as meninas, que em média, se dedicam 5,5 horas semanais.
Outro ponto é a questão dos videogames. O estudo mostra uma diferença surpreendente no uso destes aparelhos eletrônicos fora do horário de escola. Mais de 60% dos meninos jogam videogame com frequência, número que cai para 41% entre as meninas.
A OCDE recomenda uma série de medidas como um pacote de soluções. Elas começam no lar, com pais dando apoio e incentivos iguais para filhos e filhas, algo que segundo a entidade ainda é uma espécie de tabu nos países analisados pelo estudo, em que pais estavam mais propensos a esperar que meninos trabalhassem em um campo da ciência, tecnologia, engenharia ou matemática mesmo quando seus filhos e filhas de 15 anos de idade obtinham o mesmo desempenho em matemática.
No entanto, para o órgão as medidas passam também por uma atenção especial de professores, sobretudo aos alunos socioeconomicamente desfavorecidos. Um ponto especificamente ligado ao Brasil, já que a OCDE constatou uma diferença, por exemplo, de 83 pontos no desempenho em matemática em favor de estudantes de escolas particulares sobre os de escola pública.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Desempenho escolar de meninos é inferior ao de meninas

No estudo, o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45%, enquanto meninas ficam abaixo de 40%.

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No estudo, o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45%, enquanto meninas ficam abaixo de 40%.

Um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou diferenças no desempenho escolar entre meninos e meninas no Brasil. Segundo o “G1”, a avaliação com dados de base de 2012, mostra que o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45%, enquanto meninas ficam abaixo de 40%. O desempenho é avaliado entre adolescentes de 15 anos em leitura, matemática e ciências.

Comparado aos países-membros da OCDE, o Brasil ficou bem abaixo, já que em outras localidades o resultado apresenta de cerca de 15% para meninos e 9% para meninas.

Porém, na avaliação da resolução de problemas de matemática e de ciências, a relação de gênero se inverte. No Brasil, meninos superam meninas entre 20 e 30 pontos na pontuação total do teste. Segundo cálculos da OCDE, isso equivaleria ao resultado de quase oito meses a mais de escola para os meninos.

De acordo com a OCDE, em todos os países estudados apenas 14% das mulheres jovens que entraram na universidade pela primeira vez em 2012 escolheram campos relacionados à ciência, incluindo engenharia, indústria e construção. O percentual masculino foi de 39%.

Outro ponto levantado no estudo é que a entidade classifica ansiedade dos alunos diante de disciplinas como a matemática. Em média, detectou-se um índice de 27% de meninos e de 34% de meninas admitindo grande nervosismo diante da resolução de problemas matemáticos. No Brasil, os índices saltam para 43% dos meninos e 54% das meninas.

A OCDE diz que o número geral de meninos falhando em obter níveis básicos em leitura, matemática e ciências se deve a uma série de fatores. Há evidências de que podem ser causadas por diferenças de comportamento de gênero, já que meninos, por exemplo, gastam uma hora a menos por semana fazendo o dever de casa do que as meninas, que em média, se dedicam 5,5 horas semanais.

Outro ponto é a questão dos videogames. O estudo mostra uma diferença surpreendente no uso destes aparelhos eletrônicos fora do horário de escola. Mais de 60% dos meninos jogam videogame com frequência, número que cai para 41% entre as meninas.

A OCDE recomenda uma série de medidas como um pacote de soluções. Elas começam no lar, com pais dando apoio e incentivos iguais para filhos e filhas, algo que segundo a entidade ainda é uma espécie de tabu nos países analisados pelo estudo, em que pais estavam mais propensos a esperar que meninos trabalhassem em um campo da ciência, tecnologia, engenharia ou matemática mesmo quando seus filhos e filhas de 15 anos de idade obtinham o mesmo desempenho em matemática.

No entanto, para o órgão as medidas passam também por uma atenção especial de professores, sobretudo aos alunos socioeconomicamente desfavorecidos. Um ponto especificamente ligado ao Brasil, já que a OCDE constatou uma diferença, por exemplo, de 83 pontos no desempenho em matemática em favor de estudantes de escolas particulares sobre os de escola pública.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo Online

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.