O ferro, encontrado nas proteínas e em alguns vegetais, é um dos minerais mais importantes para o bom funcionamento do nosso organismo. Ele atua no transporte do oxigênio para órgãos e músculos e também está relacionado a outros processos biológicos.
A hemoglobina, proteína responsável por carregar o oxigênio nos glóbulos vermelhos, corresponde a cerca de dois terços do suprimento de ferro do corpo. Outras quantidades, menores, são encontradas também na mioglobina – proteína que fornece oxigênio para os músculos – e em enzimas necessárias para uma série de reações bioquímicas. Além disso, quantidades variáveis de ferro são armazenadas em proteínas, que o liberam para o sangue quando necessário.
Quanto mais ferro é absorvido por meio da alimentação, mais alto será o nível armazenado. No entanto, a filosofia do quanto mais, melhor não funciona para esse mineral. Um desequilíbrio de ferro, tanto para mais como para menos, causa consequências graves no organismo, que pode desenvolver uma série de doenças e disfunções.
A deficiência de ferro pode resultar em um vasto espectro de sintomas, que podem ser creditados a outras causas. Quem está com um baixo nível de ferro no sangue pode ter fadiga, fraqueza, baixo desempenho no trabalho, maior risco de infecções, dificuldade em manter o corpo aquecido, dores de cabeça, taquicardia e falta de ar ao fazer exercícios. A deficiência do mineral também está ligada à queda de cabelo.
Nas crianças, a falta de ferro pode, também, causar distúrbios de comportamento, falta de coordenação motora e deficiências no sistema cognitivo, o que pode resultar em dificuldades de aprendizado. Pesquisas têm sugerido que quem faz exercícios físicos pesados regularmente, especialmente os adolescentes e os vegetarianos, tem um maior risco de desenvolver anemia por falta de ferro.
Homens e também mulheres que já passaram pela menopausa têm menores chances de ter uma deficiência do mineral e a maior parte deles deve, inclusive, evitar suplementos contendo ferro para reduzir o risco de danos por excesso do mesmo.
Além disso, mesmo se um exame de rotina acusar uma baixa taxa de ferro, os especialistas advertem sobre o consumo de suplementos. Em vez de optar por essa solução fácil, o médico deveria, primeiro, investigar uma possível perda de ferro ou uma dificuldade de absorção devido a hábitos alimentares, medicamentos ou condições crônicas de saúde, como o período posterior a uma cirurgia de redução do estômago.
Absorção
Uma série de fatores pode afetar a absorção do ferro. Alguns vegetais, como o espinafre, contêm ácido oxálico, que interfere no processamento do mineral. Outro fator que pode prejudicar a absorção são os alimentos com alto grau de fibra, como grãos integrais – que contêm fitatos.
Comidas ricas em cálcio também diminuem a quantidade de ferro que penetra o sangue. Por outro lado, a vitamina C e outros ácidos naturalmente presentes em frutas, sucos e alguns vegetais aumentam a absorção de ferro.
Assim, é recomendado acompanhar as refeições por um suco de laranja ou comer frutas cítricas – como mexerica, abacaxi e acerola – próximo às refeições para auxiliar na absorção do mineral.

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