Os detentos do Presídio Floramar em Divinópolis fizeram um motim na manhã desta quinta-feira (23). Eles alegaram falta de médico, medicamentos e que estavam recebendo comida estragada. A Polícia Militar esteve no local e controlou a situação. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) nega as acusações e afirma que confusão começou por indicisplina dos presos.

Segundo informações de um funcionário do presídio, que pediu para não ser identificado, na terça-feira (21) os detentos já haviam feito um motim e voltaram a fazer nesta quinta-feira. Ainda de acordo com o funcionário, a entrada de medicamentos foi proibida na unidade e os detentos estão sem assistência médica, a não ser em caso de risco de morte.

Ele também relatou para a reportagem que durante o motim da terça-feira os detentos foram colocados pelados no pátio da unidade prisional e foram alvejados por tiros de borracha. “A situação é muito crítica, pois estas ações dessas deixam todos revoltados e nada colabora para a socialização desses presos”, opinou.

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou que “não procede a informação de comida estragada e falta de atendimento médico, visto que a Justiça Federal de Divinópolis mantêm parceria com o Presídio Floramar para fornecimento de atendimento médico”.

Sobre o motim, a Seap disse que agentes penitenciários contiveram na manhã desta quinta-feira ações de indisciplina e insubordinação durante o banho de sol. Dois presos iniciaram uma briga, que levou ao envolvimento de outros detentos e foi necessário o uso de munição menos letal para a contenção.

Ainda segundo a Seap, dois presos foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas foram liberados e já retornaram para o presídio. No dia 21 houve outro movimento de indisciplina dentro de algumas celas, porém sem nenhum ferido. Os presos foram levados para o pátio de sol e as celas revistadas.

A direção da unidade disse que está providenciando o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) e que os presos identificados como responsáveis pelas ações serão analisados pelo Conselho Disciplinar do Presídio.

 

Fonte: G1 ||

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