Dezessete presos por tráfico de drogas, roubo, organização criminosa e tortura. Esse foi o resultado da operação Êxodo, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa quarta-feira (28). Quatro homens foram presos em Palmeiras do Resplendor, zona rural de Capelinha; três homens e uma mulher em Angelândia; três homens em Capelinha; um na zona rural de Água Boa; um homem e uma mulher em Nova Serrana; um em Ibirité; e dois já se encontravam no sistema prisional.

As investigações começaram há cerca de um ano e sete meses. Segundo apurado, uma organização criminosa possuía base fixada em Palmeiras do Resplendor, e os integrantes migravam na região para aquisições de carregamentos de drogas e distribuições para pontos de tráfico no distrito rural de Capelinha e em cidades vizinhas. Ainda, foram identificadas movimentações de investigados para áreas próximas à sede da organização criminosa com o intuito de praticarem crimes violentos, como roubo e tortura.

Levantamentos apontam que os integrantes do grupo criminoso estariam envolvidos em crimes ambientais e delitos de tráfico de drogas, roubo, tortura, posse/porte ilegal e disparos de armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo e receptação de veículos de origens ilícitas. Além disso, os suspeitos praticavam crimes e represálias contra a população local para impedir possíveis denúncias contra eles.

Após trabalho investigativo da Agência de Inteligência da Delegacia Regional de Polícia Civil em Capelinha, foi representada pela prisão dos suspeitos e por busca e apreensão. Ao todo, 17 pessoas foram presas preventivamente em razão de mandados judiciais. Os suspeitos foram levados à delegacia e serão encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.

A operação contou a participação de 78 policiais civis das equipes das delegacias de Polícia Civil em Capelinha, Turmalina, Água Boa, Minas Novas, Berilo, Itamarandiba, Regional em Diamantina, Serro, Gouveia, Santa Maria do Suaçuí, Regional em Guanhães, Nova Serrana, além do Canil e da Coordenação Aerotática (CAT).

Tortura

Um dos crimes apurados, cometido pelo grupo investigado, foi o de tortura. De acordo com as investigações, a vítima teria se apropriado de grande quantidade de maconha de propriedade da organização criminosa, que se encontrava enterrada às margens de uma estrada na zona rural. Ao tomar conhecimento do fato, o líder do grupo teria determinado que três subordinados torturassem a vítima até que a droga fosse recuperada ou o prejuízo fosse ressarcido.

Sendo assim, a vítima foi retirada da residência dela por três indivíduos, mantida sob ameaça e cárcere privado. Os suspeitos teriam amarrado as mãos da vítima, que se encontrava no interior do carro dos suspeitos, sob a mira de um revólver, totalmente coberta de sangue, enquanto um vídeo era gravado, possivelmente, como forma de divulgar a atuação do grupo.

Foi apurado que o líder da organização teria acompanhado toda a ação criminosa à distância, conduzindo uma motocicleta, com o objetivo de auditar a atuação dos subordinados, e sem vincular diretamente o nome dele ao ocorrido.

Roubo

Outro crime de grande repercussão, que teria sido cometido pelos suspeitos, foi o roubo a uma fazenda. Segundo apurado, um suspeito, que auxiliou na fuga dos comparsas, também cedeu a motocicleta para outros dois integrantes da organização criminosa, sendo um deles menor de idade, para que se deslocassem e cometessem o roubo.

No local do crime, as vítimas teriam sido rendidas por dois suspeitos, que utilizavam arma de fogo e portavam um galão de gasolina, usado para ameaçar atear fogo na filha do encarregado da fazenda. Na ocasião, foram subtraídos vários objetos.

Fonte: Policia Civil

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