Em um encontro de líderes de países emergentes, na Índia, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (29) que vai fazer o possível para diminuir a carga de impostos no Brasil.
Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul exibiam um pequeno livro – que é uma visão da economia desses cinco países na atualidade. O relatório do grupo Brics, como é conhecido, analisou o impacto da crise financeira mundial e propôs maneiras de aumentar o comércio entre as nações.
O grupo estuda a criação de um banco de desenvolvimento para financiar obras de infraestrutura em países emergentes.
Nesta sexta-feira (30), a presidente Dilma Rousseff tem um programa de visita oficial em Nova Déli e será recebida pelo primeiro-ministro e pela presidente da Índia. Nesta quinta, falando aos jornalistas, ela prometeu reformas que permitam aumentar o investimento interno no país. Ela gostaria que a taxa que hoje é de 19% chegasse a 24%, 25%.
Nós pretendemos divulgar um conjunto de medidas logo depois que eu voltar ao Brasil, anunciou Dilma. Elas têm por objetivo justamente assegurar, através de questões tributárias e financeiras, maior capacidade de investimento para o setor privado.?
Dilma também disse que a carga tributária no Brasil deveria ser menor:
?Dentro do meu período governamental, eu farei o possível para reduzi-la. Eu sei perfeitamente que, devido ao fato de que há vários interesses envolvidos na questão de uma reforma tributária, eu até julgo que pode ter um momento no futuro em que seja possível encaminhar uma reforma global. Agora o que eu tenho feito é tomar medidas pontuais que permitam que no conjunto se crie uma desoneração maior dos tributos no país.
Os jornalistas perguntaram se Dilma tinha vencido uma guerra no Congresso. Nesta quarta, o Senado aprovou o fundo de previdência complementar do funcionalismo público, e a Câmara, a Lei Geral da Copa. A presidente negou que houvesse crise. Disse que foi uma invenção da imprensa.
Eu não venci guerra nenhuma. Porque uma parte disso vocês criam. Vocês criam, o que eu posso fazer? Vocês chegam à conclusão que tem uma crise, depois que tem a crise, vocês têm de resolver como é que ela desapareceu?, afirmou a presidente.

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