Tomaram posse nesta segunda-feira (3), os quatro novos ministros que recebem o cargo da presidente Dilma Rousseff.
Aloizio Mercadante deixa o comando do Ministério da Educação para assumir a Casa Civil, no lugar de Gleisi Hoffmann, que deixa a pasta para concorrer ao governo do Paraná. Quem assume a educação é José Henrique Paim, que era o secretário-executivo desde a gestão de Fernado Haddad.
O novo ministro da Educação é gaúcho formado em economia, com pós-graduação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi subsecretário da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, em 2002 e presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Aloizio Mercadante também é economista, formado pela Universidade de São Paulo (USP) e nasceu em Santos (SP). Além de coordenar os principais projetos do governo, o novo chefe da Casa Civil está sendo visto como uma espécie de superministro já que também terá a missão de fazer a interlocução entre o Palácio do Planalto e a equipe que deverá coordenar a campanha à reeleição da presidente Dilma.
Mercadante tem mestrado e doutorado na área econômica e é professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas. Foi deputado federal por São Paulo por dois mandatos (entre 1991 e 1995, e entre 1999 e 2003) e senador, entre 2003 e 2010.
Em 2010, o petista candidatou-se ao governo de São Paulo e, após a derrota para o tucano Geraldo Alckimin, foi convidado pela presidenta Dilma a assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia.
Na Saúde, Arthur Chioro, ex-secretário da Saúde de São Bernardo do Campo, substituirá Alexandre Padilha, que deixa a pasta para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT.
Chioro é formado pela Fundação Serra dos Órgãos e especialista em medicina preventiva e social pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Também é mestre e doutor em saúde coletiva e professor da Faculdade de Fisioterapia Unisanta e da Faculdade de Medicina (Unimes).
Para assumir o ministério, deixou o cargo de presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo.
Também toma posse nesta segunda-feira o jornalista Thomas Traumann que assume a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no lugar de Helena Chagas, que ficou no posto por três anos.
Traumann foi chefe da assessoria do ex-ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, e assessor especial da ministra Helena Chagas até 2012, quando foi nomeado porta-voz da Presidência.
As exonenações de Gleisi Hoffmann, Helena Chagas, Alexandre Padilha, Aloizio Mercadante, Thomas Traumann e José Henrique Paim dos antigos cargos e novas nomeações também estão publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
Fala
Durante a posse, a presidente Dilma Rousseff afirmou que chega ao quarto ano do seu mandato seguindo as diretrizes que foram propostas durante a sua campanha, em 2010, e desde a sua posse. De acordo com a presidente, os objetivos propostos foram manter os fundamentos macroeconômicos, com crescimento da economia, a manutenção do processo de inclusão social inaugurado com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e manter o país na liderança da redução do processo de desigualdade do mundo.
Um dos outros princípios que nos nortearam foi a expansão, a garantia e a expansão da nossa solidez democrática, conquistada por nós a duras penas, disse a presidente há pouco. O respeito integral aos demais poderes, aos movimentos sociais, às demandas da população, concluiu.
Segundo a presidente, 2014 será ainda melhor do que o de 2013. Dilma disse que a missão do governo é continuar garantindo direitos e implementar as políticas públicas para que cada brasileiro, com o esforço próprio, com o apoio de programas sociais persista progredindo.
Afirmou que as substituições fazem parte do calendário da democracia. Persistiremos trabalhando para garantir a execução de todos os programas e o cumprimento de todas as metas que propusemos para este ano, destacou ela. As mudanças nos ministérios são numa democracia inevitáveis, principalmente em alguns momentos, frisou.

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