Um caso de assédio (pedofilia), envolvendo um padre afastado das funções religiosas e um adolescente de 15 anos foi divulgado após o cumprimento de mandado de busca e apreensão no local de trabalho e na residência do suspeito na tarde de quarta-feira (20).
A delegada do Juizado Especial e Proteção à Família, Luciana Sousa, em primeira mão, divulgou ao portal Últimas Notícias que o caso já vinha sendo investigado e que durante a ação, além da confissão do padre, foram apreendidos um celular e um notebook contendo todas as conversas entre os envolvidos.
De acordo com a delegada, as mensagens começaram a ser trocadas no início do mês de junho. O contato entre o adolescente o investigado ocorria em uma quadra de esportes da cidade, onde o suspeito coordenava atividades esportivas de futebol. ?Diante da apuração desse fato, de que o padre tinha contato com um grande número de crianças e adolescentes, a partir de segunda-feira começaremos a ouvi-los para saber se há mais casos?, comentou Luciana que não divulgou onde está localizada a quadra esportiva, para evitar a identificação do investigado.
A denúncia do primeiro caso foi feita pela mãe e pelo adolescente que compareceram à delegacia e em depoimento deram detalhes do caso.
De acordo com informações ainda não confirmadas, o padre formiguense, cujo nome foi preservado pela polícia, atuava em cidade vizinha à nossa, quando teria sido afastado pelo bispo, após vir a público um relacionamento que mantinha com um jovem desta mesma cidade, este maior de idade.
O jornal entrou em contato com a Diocese de Oliveira, a qual pertence a cidade onde o padre atuava e tentou falar com o Bispo Dom Miguel Angelo Freitas Ribeiro, para saber detalhes sobre o tempo de afastamento do padre e confirmar os motivos para tal, porém segundo informações da secretária (Nair), o mesmo está em viagem a Belo Horizonte e, até o momento não seriam divulgadas notas à respeito.
Há ainda informações de que após o afastamento, o suspeito voltou a morar em Formiga, sua terra natal e após aprovação em concurso assumiu um cargo público municipal, o qual ocupa atualmente.
O inquérito policial tem previsão de término dentro de 30 dias. Nesse prazo, a delegada entrará com medidas cautelares para evitar que o investigado se aproxime da vítima.

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