A dívida pública do Brasil ficou em novembro em R$ 1,127 trilhão de reais, o equivalente ao 42,6 % do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com o que caiu a seu menor nível nos últimos nove anos, informou hoje o Banco Central.
A dívida do setor público brasileiro em sua relação com o PIB não era tão baixa desde dezembro de 1998, quando equivalia a 38,9% do PIB.
No que vai do ano a dívida pública brasileira caiu dois pontos percentuais em sua relação com o PIB, dos 44,7% em dezembro de 2006 para 42,6% o mês passado.
Essa queda foi provocada principalmente pela forte depreciação do real frente ao dólar no que vai do ano, que reduziu o peso da dívida externa pública.
Igualmente, contribuiu a política restritiva brasileira de ajuste fiscal que permitiu ao país acumular nos primeiros 11 meses do ano um superávit primário de R$ 113,387 bilhões.
Esse superávit primário (diferença entre a receita e despesas do Estado sem levar em conta o destinado ao pagamento de juros de dívida) é equivalente a 4,87% do PIB.
A economia conseguida pelo Brasil nos 11 primeiros meses de 2007, destinada ao pagamento de juros da dívida, já superou a meta que se impôs o Governo de fechar o ano com um superávit primário de R$ 95,9 bilhões.
Também superou significativamente o superávit primário acumulado nos primeiros 11 meses do ano passado, que foi de R$ 96,597 bilhões.
Embora o Brasil já não submeta suas contas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a continuar cumprindo metas de superávit fiscal, que para este ano foram fixadas em 4,25% do PIB.
Apesar da forte economia conseguida no que vai do ano, o Brasil pagou entre janeiro e novembro US$ 147,294 bilhões em juros de dívida, o equivalente a 6,33% do PIB.
A diferença entre os recursos destinados ao pagamento da dívida e o superávit primário levou o Brasil a registrar no que vai do ano um déficit nominal consolidado de R$ 33,907 bilhões, o equivalente a 1,46% do PIB.
Nos 11 primeiros meses do ano passado o déficit nominal equivalia a 2,37% do PIB.

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