Casos de violência doméstica contra a mulher têm apresentado queda em Divinópolis nos últimos três anos, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O levantamento feito pelo G1mostra uma redução significativa no número de vítimas de 2018 até o primeiro semestre de 2021.

Conforme os dados, neste período, a diferença é 186 vítimas, o que representa uma redução de 25%. 

Casos de violência doméstica em Divinópolis

AnoNúmero de casos
2018729
2019628
2020611
2021 (até o 1º semestre)543
Fonte: Sejusp-MG

Ainda segundo o relatório da Sejusp, Divinópolis teve 3 feminicídios consumados em 2018, 1 em 2019 e 4 em 2020. Neste ano, houve apenas um caso de feminicídio tentado na cidade.

Denúncias

Na avaliação geral da Polícia Civil, entre outros fatores, a redução no saldo de registros a queda é reflexo, sobretudo, da coragem das vítimas em fazer denúncias.

No entanto, é preciso ressaltar que nem todos os casos registrados em boletim de ocorrência pela Polícia Militar e pela Polícia Civil viram processos na Justiça, porque isso depende apenas da vontade da mulher em dar sequência ao caso.

É comum que muitas mulheres escolham não dar prosseguimento aos processos confiantes de que aquela agressão foi uma exceção e, então, dão mais uma chance aos agressores.

Punição

Em síntese, os chamados “agressores domésticos” são aqueles do convívio da vítima e que, muitas vezes, não é um criminoso das ruas, como são os assaltantes e traficantes de drogas, segundo a polícia.

Muitas vezes, são pessoas trabalhadoras, responsáveis com a família e que por um descuido apelam à violência como recurso contra alguma situação desfavorável, como pontuou o psicólogo Everton Costa.

“Percebemos que, muitas vezes, os agressores são tomados por um ímpeto incontrolável que os levam a atitudes extremas. Juros chegam a se arrepender verdadeiramente dos atos cometidos. Não deve-se desconsiderar a frequente influência por bebida ou drogas”, destacou o psicólogo.

Raio X da Violência

O Raio X da Violência no Brasil, publicado pelo G1, mostra que no país, de modo geral, houve uma ligeira queda no número de homicídios de mulheres, mas uma ligeira alta nos feminicídios.

O número de assassinatos caiu de 3.966 para 3.913. Já o de crimes de ódio motivados pela condição de gênero foi de 1.330 para 1.350.

Os registros de violência doméstica diminuíram, mas o número de medidas protetivas aumentou em um ano de pandemia.

Já os casos de estupro e estupro de vulnerável, crimes conhecidos pela subnotificação, também apresentaram uma redução.

Fonte: G1

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