Documentos obtidos pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontam que a Vale sabia dos riscos de rompimento na barragem em Brumadinho há pelo menos um ano. De acordo com o órgão, os relatórios mostram a Barragem I da Mina do Córrego do Feijão entre as classificadas como “zona de atenção”.

As barragens listadas estão situadas em áreas próximas a núcleos urbanos, com pessoas residentes ou transitando na “zona de autossalvamento”, ou seja, na região do vale a jusante da barragem a uma distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km.

As outras barragens na lista são: Barragem Laranjeiras, Barragem Menezes II, Barragem Capitão do Mato, Barragem Dique B, Barragem Taquaras, Barragem Forquilha I, Barragem Forquilha II e Barragem Forquilha III.

A empresa poderia estar ciente do problema há ainda mais tempo. De acordo com uma matéria publicada pela agência Reuters, documentos indicariam que a mineradora já sabia dos riscos desde 2017.

O Ministério Público de Minas Gerais ajuizou uma ação judicial com objeto de garantir condições de segurança e estabilidade das outras barragens de rejeitos pertencentes à empresa mencionadas na lista.

Em nota, a Vale diz que o documento citado é um estudo realizado com base em metodologia interna, na qual os geotécnicos da própria Vale reavaliam as estruturas já certificadas por auditorias externas como seguras e estáveis. Segundo a empresa, “essa metodologia utiliza um padrão mais rígido que a legislação nacional e internacional vigente e, por isso, tem por objetivo prospectar medidas adicionais de prevenção”.

A mineradora diz ainda que “todas as suas barragens, inclusive as mencionadas pela reportagem, foram certificadas e receberam laudos de estabilidade e segurança emitidos por auditorias externas e independentes”.

 

 

 

Fonte: O Tempo ||

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