Garantir a saúde e o bem-estar do animal de estimação é uma busca constante de todo dono. Nessa tarefa, é preciso ficar atento a um problema silencioso, mas grave: a Doença Renal Crônica (DRC). O mal já é reconhecido pelos veterinários como uma das principais causas de morte de cães e gatos.
?Acima dos 7 anos de idade, 60% desses animais irão desenvolver a doença?, afirma o veterinário Wagner Lima Araújo, que realiza atendimentos especializados em nefrologia e urologia na Clínica Veterinária Renal Pet, em Belo Horizonte.
A falência dos rins pode ser congênita (herdada de um dos pais do animal), ou adquirida, consequência de problemas de saúde. ?Como em humanos, a doença pode estar ligada ao diabetes e à hipertensão. Também pode ser causada por doenças infecciosas, como a leishmaniose (causada pelo mosquito-palha), a babesiose e a erliquiose (transmitidas pelo carrapato)?, explica.
O animal portador de DRC só manifesta sintomas quando mais de 60% de ambos os rins já estão comprometidos. Assim, é fundamental evitar a doença com exames de sangue e urina, além da ultrassonografia. ?Os animais devem passar por consultas periódicas pelo menos uma vez por ano. Detectando precocemente a doença, conseguimos parar ou diminuir o ritmo da evolução?, recomenda o veterinário.
Tratamento
Em alguns casos, quando a lesão nos rins é pequena, é possível curá-la, e o animal volta a ter vida normal. No entanto, se a doença for crônica, não existe tratamento capaz de regenerar os rins. Nesse caso, segundo Araújo, o acompanhamento é feito para criar melhores condições para que o sistema volte a funcionar. Se diagnosticado precocemente, o animal pode nem ter grandes alterações de sua rotina.
Foi assim com Preta, cadelinha de 15 anos da publicitária Ana Flávia Rios, 38. ?Ela viveu muito bem até os 13 anos, quando começou a passar mal. Perdeu o apetite e, depois, começou a vomitar?, conta Ana Flávia.
Os exames de sangue acusaram: era problema nos rins. Com o diagnóstico precoce e o tratamento correto, Preta tem vida normal. ?Ela consegue pular na minha cama, que é alta, brinca, nunca precisou fazer nenhum tratamento invasivo?, relata a dona cuidadosa.
Preta toma medicamentos diários, e Ana Flávia presta atenção especial à hidratação. ?Cachorro com problema nos rins não pode ficar desidratado. Então, coloquei a vasilha de água bem perto da cama dela e sempre dou água de coco?, conta. Duas vezes por mês, Ana Flávia leva Preta à clínica veterinária para tomar soro e ajudar na hidratação.

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