Pelo menos 958 erros “evitáveis” foram notificados durante a campanha da vacinação contra a Covid em Minas. Dentre as falhas, até mesmo a aplicação de doses vencidas. Os dados foram repassados pelas prefeituras à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), entre 18 de janeiro e 15 de julho.

Além da utilização de unidades fora do prazo de validade, ocorreram aplicações de imunizantes de laboratórios diferentes entre a primeira e a segunda dose. Há ainda informações sobre intervalo inadequado, extravasamento, vacinação de menores de 18 anos, que não estão incluídos nos grupos prioritários, e “administração precipitada por via incorreta” – a prática não foi detalhada pelo Estado.

A SES também não repassou a lista das cidades que registraram os problemas, nem os números específicos para cada falha. Dentre os erros, 439 ocorreram com vacinas da AstraZeneca, 410 com doses da CoronaVac, 102 da Pfizer e sete com a Janssen. 

As ocorrências representam um universo pequeno, diante das mais de 9 milhões de pessoas vacinadas desde o início da campanha em Minas. 

Segundo a SES, as ocorrências são consideradas “eventos adversos pós-vacinação evitáveis” e que, portanto, devem ser minimizados por meio do treinamento adequado dos agentes de saúde e uso da técnica correta durante o atendimento.

“A pasta recomenda que as prefeituras sigam as condutas frente a identificação dos erros de imunização conforme descrito no Plano Nacional de Operacionalização, o qual indivíduos que iniciaram a vacinação contra a Covid deverão completar o esquema com a mesma vacina”, informou a SES.

Sobre os mineiros que tomaram vacinas de laboratórios diferentes, a pasta disse que os casos “deverão ser notificados como um erro de imunização e serem acompanhados com relação ao desenvolvimento de eventos adversos”.

Neste momento, não há recomendações que indiquem a administração de doses adicionais de vacinas para pessoas que tomaram doses distintas.

Sobre as doses vencidas, vale lembrar que a data varia. A AstraZeneca e a Pfizer duram até seis meses. A Janssen por até 135 dias. Já CoronaVac, por até um ano.

Fonte: Hoje em Dia

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