Até quando? Esta é a pergunta que milhões de mineiros continuam fazendo ao nosso ilustre governador (Romeu Zema), aos  senadores, deputados federais e estaduais, que, por serem muitos, deixamos aqui de nominá-los, assim como a outras autoridades, mais notadamente ao senhor ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque  e também  aos representantes das diversas agências e da ONS, assim como, a todos que na segunda-feira (14), se reuniram nas instalações da Hidrelétrica de Furnas com o objetivo principal de estudarem formas para se estancar, de vez, o desmedido desvio de nossas águas, que tanto prejuízo econômico e social tem trazido ao nosso Estado há quase uma década.

A pergunta se calca nas falas da grande maioria destes que, durante o evento, foram unânimes em reconhecer a justeza de nossas reivindicações, todas muito bem fundamentadas pelos representantes dos grupos sociais. Estes têm sido incansáveis na busca de documentação e informações que facilitem o convencimento das autoridades estaduais e federais que hoje detém em suas mãos o poder de ajustar as políticas de uso daquelas águas. Reivindica-se a adoção, em definitivo, de providências que nos permitam usufruir das nossas águas, conforme a Constituição nos garante:   respeitando o direito de uso múltiplo das águas, protegendo-as e cumprindo, inclusive, todas as exigências previstas na legislação ambiental.

Com a promulgação da Emenda Constitucional de número 106, o que os mineiros reivindicam é que o nosso governador Romeu Zema, determine logo as providências administrativas cabíveis para se oficializar, junto à esfera federal, a existência da mesma e se iniciem as tratativas exigindo o seu cumprimento, isto no menor lapso de tempo possível.

Neste mesmo dia, em solenidade havida na Câmara Municipal de Formiga, o ilustre vice-governador, Dr. Paulo Brant, antes mesmo de receber o título de Cidadão Honorário Formiguense, gentilmente ouviu em audiência privada, os representantes dos movimentos sociais que lutam pelo estabelecimento da cota mínima 762 para Furnas e 663 para Peixoto. Deles recebeu farta documentação e a explanação resumida sobre o problema, suas causas, seus reflexos e a proposta de solução futura para a volta da prosperidade que, eles acreditam, voltará a reinar por aqui. Isto, através de emprego e renda gerados nesta vasta área de influência da represa de Furnas, onde residem alguns milhões de habitantes, nos mais de 70 municípios da bacia que a alimenta e que têm sua economia intimamente ligada ao uso das águas, como a agropecuária, piscicultura, turismo, hotelaria, náutica e outros ramos de negócio.

Dr. Paulo Brant, de imediato, demonstrou ser conhecedor do problema e em seu discurso de agradecimento na Tribuna da Câmara deixou claro seu compromisso, assim como o do governo de Minas, em lutar em prol da causa, também no seu entender, mais que justa.

É óbvio que com um padrinho destes, agora formiguense, e sabedores do que ocorreu na tarde do mesmo dia em São José da Barra, todos nós formiguenses, assim como os demais habitantes desta imensa região do Estado sabemos que, em breve, com a ação coordenada pelas autoridades já citadas, esta história tomará outro rumo.

Fato é que, nós não podemos nos esquecer de que a partir da união da sociedade civil, em pouco tempo, nos foi possível reunir numa mesma mesa, diversos políticos das mais diferentes esferas (municipal, estadual e federal), tudo sem qualquer coloração partidária, estando todos eles voltados e comprometidos, como declararam, na busca de uma solução para este grave problema que se arrasta há mais de década.

A nova Inconfidência Mineira está em andamento e, em breve, estaremos livres deste grilhão a nós imposto e que muito beneficia a São Paulo e a outros estados do Sul, em detrimento de nós outros.

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