As autoridades sanitárias de Uganda anunciaram a morte de uma criança de cinco anos que testou positivo para ebola no país, em meio ao surto que afeta a vizinha República Democrática do Congo (RDC), além de terem confirmados dois novos casos.

“O jovem paciente de cinco anos morreu devido ao ebola”, informou nesta quarta-feira (12) a ministra da Saúde ugandense, Jane Ruth Aceng, que também revelou que outras duas amostras testaram positivo, razão pela qual o país já conta com três casos confirmados da doença.

Segundo o portal G1, a vítima mortal pertencia a uma família congolesa que tinha viajado para a RDC para auxiliar um doente de ebola e que retornou na segunda-feira (10) à cidade fronteiriça de Kasese, no oeste da Uganda.

Os outros dois afetados, da mesma família, estão internados em um centro médico de tratamento de ebola na cidade de Bwera, serão tratados em Uganda e não repatriados como estava sendo especulado. Caso morram, também serão enterrados em território ugandense.

Uganda analisou um total de 51 exames relacionados com possíveis casos de ebola desde que o surto foi declarado na RDC, onde deixou 1.396 mortos (1.302 confirmados em laboratório) de um total de 2.071 casos, mas esta é a primeira vez que amostras testaram positivo.

A ministra explicou que o país está preparado para dar uma resposta ao ebola desde que foi declarado este surto, que já é o segundo maior e letal do mundo, após o que atingiu a África Ocidental em 2014, deixando mais de 11,3 mil mortos.

Fronteiras com a RDC são controladas

As passagens fronteiriças entre a RDC e os países vizinhos foram reforçadas desde o começo da epidemia e mais de 65 milhões de pessoas passaram por controles nestes mais de 10 meses.

Apenas pela passagem de Kasindi (RDC), pela qual a família afetada que está sendo tratada em Uganda chegou ao país, passam a cada dia entre 20 mil e 25 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde congolês.

Epidemia matou 11,3 mil entre 2013 e 2016

O surto de ebola mais devastador em nível mundial foi declarado em março de 2014, com casos que se remontam a dezembro de 2013 em Guiné, país do qual se estendeu à Serra Leoa e à Libéria.

Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) proclamou o fim dessa epidemia, na qual morreram 11,3 mil pessoas e mais de 28,5 mil foram contagiadas, números que, segundo esta agência da ONU, podem ser conservadores.

 

 

Fonte: G1||

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